Correio Braziliense
postado em 25/02/2020 16:58
Com 15 mortes pelo novo coronavÃrus, o Irã já é o segundo paÃs com mais mortes no surto, depois da China, que registra mais de 2,5 mil óbitos. O vice-ministro da Saúde iraniano, Iraj Harirsh, é um dos diagnosticados com a doença, informaram autoridades nesta terça-feira, 25. PaÃs vizinhos, como os Emirados Ãrabes, a Turquia e a Armênia, já anunciaram suspensão de voos para o Irã, que tem sido cobrado por mais transparência para divulgar informações sobre o alcance do surto.
"Ontem à noite tive febre e testes preliminares deram positivo", afirmou o vice-ministro, em vÃdeo. "Me isolei desde o último teste. E comecei o tratamento, acrescentou Harirsh, que na véspera havia tossido e transpirava excessivamente durante uma coletiva de imprensa. Segundo o governo, há 95 casos registrados no Irã.
A região de Qom, epicentro da epidemia no Irã, não foi colocada sob quarentena, mas cerimônia religiosas foram suspensas. Em outras provÃncias, como Teerã, ônibus e vagões de metrô foram desinfetados durante a noite. O Irã ainda busca a origem do vÃrus em seu território. O ministro da Saúde, Said Namaki, afirmou que um dos mortos de Qom era um comerciante que viajava com frequência à China.
O presidente iraniano, Hasan Rohani, pediu calma à população e disse que esta epidemia não é pior do que outras já enfrentadas pelo paÃs. No exterior, o governo tem sido acusado de esconder informações sobre o surto. Um legislador local chegou a dizer que o número de óbitos pode ser de cerca de 50. As autoridades prometem transparência.
Mike Pompeo, secretário de Estado dos Estados Unidos, cobrou transparência de Teerã. "Os Estados Unidos estão muito preocupados sobre as informações de que o regime iraniano pode ter ocultado detalhes importantes sobre a epidemia", declarou Pompeu a jornalistas nesta terça. (Com agências internacionais)
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