Brasil

Internação dissemina mais rápido

Correio Braziliense
postado em 27/02/2020 04:13
O infectologista Leandro Machado, do Hospital Santa Lúcia, afirma que a medida de manter o paciente diagnosticado com a Covid-19 em isolamento em casa é a melhor alternativa. Conforme explicou, a internação é pior, pois, como lembrou, na China o grande número de transmissões foi dentro dos hospitais.

“Com esse paciente isolado, sem necessidade clínica, pode-se ter um controle melhor do que estando dentro de uma unidade de saúde, onde mesmo com todo o cuidado há mais risco de transmissão”, avaliou.

O médico considera que apesar de a doença não ter cura, o país tem estruturas para controlar a infecção. 

Na coletiva de ontem de manhã, o secretário-executivo do Ministério da Saúde, João Gabbardo, explicou que o alcance de contaminação de uma pessoa que tem o vírus é pequena. “Estudos mais recentes mostraram que todos os casos de pessoas que tinham o vírus contaminaram de duas as três pessoas. Esse contato precisa ser um contato mais próximo para que haja a contaminação”.

Leandro garantiu que não há motivo para pânico, tendo em vista que o Brasil tem um único caso confirmado. 

Segundo os especialistas, a prevenção da transmissão do novo coronavírus deve ser feita, principalmente, pela higienização das mãos e de superfícies que possam estar contaminadas. Outro cuidado básico contra a proliferação de qualquer vírus é evitar multidões e aglomerações.

O médico intensivista Luciano Lourenço, coordenador do Pronto-Socorro do Hospital Santa Lúcia, aconselhou que, diante da percepção de sinais gripais, se possível, ofereça uma máscara para evitar a proliferação.

“Cuide da própria mão ao pegar em maçanetas, apoios de braço. Sempre lave antes de entrar em contato com qualquer via respiratória”.

A médica geriatra Maisa Kairalla explicou o motivo da maior incidência e mortalidade na faixa etária acima de 80 anos. “O idoso é naturalmente mais vulnerável a infecções. Além disso, portam doenças mais comuns, que costumam deixar o organismo mais debilitado, como diabetes e hipertensão. Isso tudo diminui a capacidade de reação ante vírus e bactérias, não só o coronavírus”, disse. (RG)

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