Brasil

Isolado dentro de casa

Brasileiro cujo caso foi confirmado, esteve com outras 30 pessoas, numa reunião de família após retornar. Todos aqueles que se aproximaram dele serão monitorados. Paciente está em boas condições

Correio Braziliense
postado em 27/02/2020 04:13
Passageiros desembarcam em Guarulhos, vindos do exterior, com máscaras para prevenirem contaminação


O homem de 61 anos reconhecido como único caso confirmado no Brasil está bem e em isolamento domiciliar. De acordo com o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, o paciente teve contato com 30 pessoas da família, em uma reunião familiar feita logo após a chegada ao Brasil, e todas estão sendo monitoradas. Além disso, pessoas que ficaram próximas a ele nos voos que fez também estão sendo contactadas e acompanhadas. Mandetta estima que entre 50 e 60 pessoas poderão ser acompanhadas por causa do contato próximo ou temporário com este paciente.

De acordo com o secretário de Saúde de São Paulo, José Henrique Germann, o que determina o local de isolamento não é o vírus, mas a condição clínica da pessoa. “Este paciente está bem, em casa, em um isolamento domiciliar com a sua família. Uma vez terminados os sintomas que apresentou, ele deixa de estar nessa situação de paciente isolado e volta à vida normal”, explicou.

De acordo com o ministro, serão contactados também 16 passageiros que estavam nas duas fileiras da frente ou ao lado do brasileiro infectado. O paciente retornou da Itália ao Brasil dia 21, em voo com escala em Paris. No domingo, ele fez uma reunião familiar — quando começou a sentir os primeiros sintomas. Na segunda-feira, procurou o Hospital Albert Einstein.

O governo informou que o paciente não usou transporte público no Brasil, o que poderia ampliar a transmissão. Apesar de ser considerado um caso que exige “alta vigilância”, a mulher do infectado não apresenta sintomas da doença.

Campanhas
A fim de evitar histeria, Mandetta salientou que o governo fará uma campanha de esclarecimento. “Nós vamos ter que fazer uma comunicação um pouco maior para a população. A gente deve começar uma campanha para as pessoas perceberem a importância de lavar as mãos, de ter higiene”, informou Mandetta, sem dizer, porém, quando a campanha começará a será veiculada.

Outra preocupação do governo é em relação aos refugiados venezuelanos, pois há a preocupação com possíveis subnotificações de casos.  “A gente está lá lutando com difteria, febre amarela, sarampo. Em saúde, você tem que ser muito aberto, transparente”, observou.

*Estagiária sob supervisão de Fabio Grecchi


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