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Caso Daniel vai a júri popular; Cristiana se livra da acusação de homicídio

Decisão da juíza Luciani Martins de Paula foi publicada na sexta-feira (28/2). Julgamento ainda não tem data para ocorrer

Correio Braziliense
postado em 29/02/2020 10:18
Decisão da juíza Luciani Martins de Paula foi publicada na sexta-feira (28/2). Julgamento ainda não tem data para ocorrerA juíza Luciani Martins de Paula decidiu, nessa sexta-feira (28/2), que todos os sete réus acusados de envolvimento na morte do jogador Daniel Correa irão a júri popular. Na decisão, a magistrada também retirou a acusação do crime de homicídio contra Cristiana Brittes, esposa do assassino confesso Edison Brittes.

Na denúncia à Justiça, o promotor do caso no Ministério Público do Paraná (MPPR), João Milton Salles, decidiu denunciar Cristiana Brittes por homicídio qualificado, diferentemente do que indiciou a Polícia Civil. "No início das agressões, ela teria determinado que as agressões continuassem do lado de fora da casa”, disse na época da da acusação do MP.

O advogado da família Brittes, Cláudio Dalledone Júnior, afirmou que recebe a decisão de impronúncia da acusação de homicídio com naturalidade e certeza genuína de sua inocência. “Cristiana foi a primeira vítima naquela fatídica noite quando teve seu quarto invadido e foi importunada sexualmente por Daniel Correa Freitas enquanto dormia”, afirma, em nota.

O defensor ainda analisa se recorrerá das demais acusações (veja abaixo) contra Cristiana, Allana e Edison Brittes. O julgamento ainda não tem data para acontecer. A reportagem não conseguiu contato com a defesa dos demais acusados.

Veja os crimes que os réus responderão no júri popular

  • Edison Brittes Júnior — homicídio triplamente qualificado (motivo torpe, meio cruel e recurso que impossibilitou a defesa da vítima), ocultação de cadáver, fraude processual e corrupção de menor e coação no curso do processo;

  • Cristiana Brittes — coação do curso de processo, fraude processual e corrupção de menor;

  • Allana Brittes — coação no curso do processo, fraude processual e corrupção de adolescente;

  • Eduardo da Silva — homicídio triplamente qualificado (motivo torpe, meio cruel e recurso que impossibilitou a defesa da vítima), ocultação de cadáver, fraude processual e corrupção de menor;

  • Ygor King — homicídio triplamente qualificado (motivo torpe, meio cruel e recurso que impossibilitou a defesa da vítima), ocultação de cadáver e fraude processual;

  • David Willian da Silva — homicídio triplamente qualificado(motivo torpe, meio cruel e recurso que impossibilitou a defesa da vítima), ocultação de cadáver e fraude processual;

  • Evellyn Brisola Perusso — fraude processual.


Relembre o caso Daniel

O jogador Daniel Corrêa Freitas foi encontrado morto e degolado em 27 de outubro, em São José dos Pinhais (PR), após participar da festa de aniversário de Allana Brittes, em uma boate de Curitiba. A comemoração continuou na casa da família Brittes.

As investigações apontaram que ele foi agredido na casa após ser flagrado na cama com Cristiana Brittes. O assassino alega que Daniel tentou estuprar a mulher, versão que a polícia e o Ministério Público descartam.

Edison Brittes, Cristiana Brittes e Allana foram presos quatro dias após o crime. Logo depois, às investigações levaram à prisão de mais três pessoas (Ygor, Eduardo e William) que estavam na casa e teriam participado da execução do jogador.

Inicialmente, a Polícia Civil denunciou seis pessoas: a família Brittes e os três presentes na casa que teriam participado da agressão. O Ministério Público do Paraná, porém, decidiu denunciar também Evellyn Brisola Perusso, a jovem que trocou beijos com o jogador horas antes da morte.

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