Correio Braziliense
postado em 02/03/2020 19:39
Como já era esperado pelo Ministério da Saúde, o número de casos suspeitos de infecção pelo novo coronavírus continua subindo no país. Balanço divulgado pela pasta mostra que os casos em análise subiram de 252, no sábado (29/2) para 433, nesta segunda-feira (2/3). Trata-se de um aumento de 71,8% em dois dias. Já o número de casos confirmados continua em dois, sendo ambos de moradores de São Paulo. Até agora, de todos os casos avaliados, 162 foram descartados. São Paulo é o estado com o maior número de suspeitos: 163. Em seguida, vêm Rio Grande do Sul, com 73; e Minas Gerais, com 48. O Distrito Federal teve um aumento de 100% no número de casos suspeitos ao longo do fim de semana. Eram seis na sexta-feira. Nesta segunda-feira, chegaram a 12, segundo a Secretaria de Saúde.
No mundo, foram 87.137 casos confirmados, sendo 1.739 novos. Os casos estão em 58 países, com cinco novos. O número de mortes chegou a 2.977. O secretário de Vigilância em Saúde do ministério, Wanderson de Oliveira, pontuou que há casos confirmados em todos os continentes.
Produção de testes no Brasil
O Ministério da Saúde anunciou, também nesta segunda-feira, que o Instituto Bio-Manguinhos e a Fundação Oswaldo Cruz farão a produção de 30 mil testes para diagnóstico do novo coronavírus. Inicialmente, 10 mil testes serão distribuídos a partir desta quarta-feira, 4, por alguns Estados.
Saiba Mais
Os treinamentos serão in loco a partir da chegada dos kits nos laboratórios. Segundo o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, os kits devem custar em torno de R$ 100, mas ainda não há como precisar todos os recursos necessários para essa operação, disse.
"Vamos calibrar os aparelhos em todos os Estados, capacitar todos os técnicos, e só vamos autorizar quanto estiver no padrão de qualidade. Custos ainda estamos trabalhando com diversos cenários, vai ter que aguardar (para ter definição)", disse.
O ministro ainda comentou sobre a nova metodologia para contagem de casos suspeitos do novo coronavírus, agora descentralizada. "Cada secretária estadual foi capacitada. Agora eles nos mandam e nós assumimos números, e vamos fazendo a posteriori, com calma, verificação", disse o ministro.
Com informações da Agência Estado
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