Correio Braziliense
postado em 02/03/2020 08:49
Um grupo de pesquisadores italianos identificou a mutação genética que permitiu ao coronavÃrus infectar seres humanos e não mais apenas animais. O estudo foi conduzido pela equipe de estatÃsticas médicas e epidemiologia molecular da Universidade Biomédica de Roma e foi publicado no Journal of Clinical Virology.
Ao estudar as sequências genéticas do vÃrus, os pesquisadores reconstruÃram as mutações até descobrirem o que era decisivo para o chamado "salto de espécies", a alteração que permitiu a um vÃrus tÃpico de animais, em particular de morcegos, tornar-se capaz de atacar o homem. "Foi uma mudança decisiva, uma mutação muito particular que ocorreu entre 20 e 25 de novembro", disse Massimo Ciccozzi, professor responsável pelo estudo.
"Como todos os vÃrus, o SarsCoV2 muda constantemente e busca alterar sua aparência para estar em equilÃbrio com o sistema imunológico do hospedeiro", explicou ele. A mutação ocorreu em uma proteÃna de superfÃcie chamada "spike", que o vÃrus utiliza para agredir as células e se multiplicar. "Foi assim que fez o salto de espécie. E é uma proteÃna bastante comum na história evolutiva dos vÃrus."
Vacina
A descoberta pode acelerar estudos sobre a doença. Alguns dos principais infectologistas e epidemiologistas do mundo - como Marc Lipsitch, da Universidade de Harvard - temem que, no ritmo atual, o coronavÃrus contamine até um terço do planeta em um ano.
Neste domingo, 1, o presidente dos EUA, Donald Trump, disse à Fox News que os ensaios clÃnicos de uma vacina começarão em seis semanas, mas ela provavelmente não estará disponÃvel nesta temporada - considerando a necessidade de mais estudos que garantam segurança e eficácia. (Com agências internacionais).
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
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