Brasil

Bolsonaro: não há razão para pânico

Correio Braziliense
postado em 07/03/2020 04:13
No pronunciamento, presidente exortou união e garantiu que governo não poupa esforços contra disseminação

O presidente Jair Bolsonaro afirmou, em pronunciamento ontem à noite, que “não há motivo para pânico”, mesmo que a crise do novo coronavírus se agrave. Segundo ele, “o momento é de união” e a melhor forma de prevenção é “seguir rigorosamente as recomendações dos especialistas”.

Bolsonaro salientou, no pronunciamento, que o mundo enfrenta um “grande desafio”, pois o novo coronavírus está em todos os continentes, e o homem não é imune à doença Covid-19. “O governo federal vem prestando orientações técnicas a todos os estados por intermédio do Ministério da Saúde. Determinei ações que ampliam o funcionamento dos postos de saúde, bem como reforço aos nossos hospitais e laboratórios”, observou.

Horas antes, na coletiva para atualizar os números da infeccção pelo coronavírus, o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, disse que a pasta deve necessitar de novos recursos para enfrentar a epidemia, mas voltou a dizer que ainda não há como precisar o montante extra que poderá ser requisitado.

“Não tenho números (sobre recurso extra). Isso parte de cenários, este ano o orçamento tem características diferentes de anos anteriores”, disse o ministro, lembrando que já teve conversas com o Congresso Nacional sobre o assunto.

Mandetta também afirmou que, para chegar a um número, o ministério acompanha como outros países com epidemia mais avançada trabalharam com os gastos extra. “Pode ser um R$ 1 bilhão, R$ 3 bilhões, R$ 5 bilhões, não há como saber ainda”, disse.

O ministro ponderou que ainda tem condições de enfrentar a situação atual com os próprios recursos da pasta. “No meu próprio orçamento já temos remanejado”, explicou.

Ele também disse que a corrida pela compra de máscaras por países de primeiro mundo está “perturbando severamente” o abastecimento de Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) para o Hemisfério Sul e a países que não realizaram as aquisições. O ministro pontuou, por outro lado, que o nível de abastecimento no Brasil está bom, lembrando que o país está adquirindo novas máscaras.

“Comuniquei tanto a Organização Panamericana da Saúde como a Organização Mundial da Saúde que empresas e os países de primeiro mundo saíram adquirindo quantidades enormes, fazendo estocagem, e isso está perturbando severamente o abastecimento de Equipamentos de Proteção Individual para o Hemisfério Sul e países que não o fizeram”, disse durante coletiva à imprensa para atualizar os dados sobre o novo coronavírus no Brasil.

O Ministério da Saúde anunciou que havia encontrado fornecedores de parte dos equipamentos de segurança que prevê usar contra a doença. Mandetta disse que, antes, uma máscara saía por algo em torno de R$ 0,10 e , agora é quase R$ 2.

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