Correio Braziliense
postado em 09/03/2020 04:34
No Dia Internacional da Mulher, vários grupos foram às ruas, sobretudo nas capitais. Além da pauta de denunciar a violência de gênero no Brasil e em favor da igualdade de direitos, houve muitos protestos contra o presidente Jair Bolsonaro.
Um dos atos mais expressivos foi o que aconteceu na Avenida Paulista, a partir do Vão Livre do Museu de Arte de São Paulo (Masp). Com cartazes pedindo o fim dos feminicídios e estupros, as mulheres enfrentaram chuva forte, mas nem por isso desanimaram. O protesto também lembrou a vereadora Marielle Franco, assassinada em 2018, cujo crime ainda não foi desvendado, passados 725 dias.
Na manifestação, também se viu cartazes contra o presidente da República e contra as pautas defendidas por ministros e lideranças do governo.
Em Brasília, cerca de 5 mil mulheres estiveram na marcha, levando para as ruas palavras de ordem contra a violência de gênero, o machismo do governo Bolsonaro e em defesa da descriminalização do aborto. Com o mote “Pela vida das mulheres, em defesa da democracia, contra o racismo e por direitos”, o ato percorreu as ruas da capital, fazendo parada em frente ao Palácio do Buriti, e depois seguiu em direção à Praça da Torre de TV.
Outra manifestação de peso aconteceu em Belém. A concentração também começou por volta das 9h e mais de 4 mil mulheres se reuniram na Praça Waldemar Henrique, para participar do ato político-cultural organizado pela Frente Feminista do Pará. O mote mais uma vez foi contra o governo, sobretudo contra o desprezo pela cultura amazônica e indígena.
Em Belo Horizonte, além de Bolsonaro, as mulheres pregaram a saída do governador Romeu Zema e ainda pediram a legalização do aborto.
E no Rio de Janeiro, em vez da tradicional Cinelândia, a manifestação aconteceu na Praça Mauá –– antigo e tradicional ponto de prostituição da cidade. “O Estado opressor é um macho violador”, bradaram centenas de mulheres. O foco do ato foi o combate à violência sexual e a defesa da legalização do aborto. As manifestantes pediram mudanças na forma como o poder público lida com o estupro. O protesto começou com a encenação de uma performance intitulada Um Violador no seu Caminho. As participantes ensaiaram ao lado do Museu do Amanhã a coreografia, que termina com todas de mãos cruzadas e elevadas.
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