Brasil

Morre o diplomata e acadêmico Affonso Arinos no Rio

Arinos faleceu aos 89 anos em decorrência de problemas respiratórios

Correio Braziliense
postado em 15/03/2020 15:52

Arinos também foi político e atuou no jornalismoO acadêmico e diplomata Affonso Arinos de Mello Franco morreu na manhã de hoje (15), em casa, aos 89 anos de idade, vítima de problemas respiratórios. Ainda não há informações sobre o sepultamento.

 

O presidente da Academia Brasileira de Letras (ABL), Marco Lucchesi, lamentou a perda do amigo. 'Perco um amigo querido. Um homem probo e severo. Um grande brasileiro'.

 

E lembrou a carreira do embaixador Affonso Arinos. “Foi um memorialista de águas cristalinas e dotado de profunda intuição”.


Carreira

Eleito em 22 de julho de 1999 para a Academia Brasileira de Letras, Affonso Arinos de Mello Franco foi o sexto ocupante da cadeira nº 17 e sucedeu o também diplomata e filólogo Antônio Houaiss.

 

O acadêmico nasceu em Belo Horizonte, em 11 de novembro de 1930. Arinos fez o curso de bacharelado em Ciências Jurídicas e Sociais na Faculdade Nacional de Direito da Universidade do Brasil, no período de 1949 a 1953. Em 1952 completou o curso de preparação à Carreira de Diplomata no Instituto Rio Branco, do Ministério das Relações Exteriores, e em 1955 o curso de doutorado em Seção de Direito Público, na Faculdade Nacional de Direito da Universidade do Brasil.

 

A carreira de diplomata começou em 1952. Depois de entrar para a política, de 1960 a 1962 foi deputado e participou da Assembleia Constituinte e Legislativa do Estado da Guanabara, onde, em 1961, se destacou como membro da Comissão de Constituição e Justiça, e, em 1962, como presidente da Comissão de Educação. De 1964 a 1966 foi deputado federal pelo estado da Guanabara, e de 1965 a 1966 foi membro da Comissão de Relações Exteriores da Câmara dos Deputados.

 

De 1964 a 1965 foi professor de Civilização Contemporânea no Departamento de Jornalismo do Instituto Central de Letras da Universidade de Brasília. No jornalismo foi colaborador da revista Manchete, correspondente do Jornal do Brasil, em Roma, colaborador da Tribuna da Imprensa, revista Fatos e Fotos/Gente, e da TV Educativa. Arinos trabalhou também no Jornal do Commercio e escreveu artigos para a revista Época, e os jornais O Metropolitano, A Noite, Correio Braziliense, Revista Civilização Brasileira e Revista Nacional. 

 

Ibaneis lamenta a morte

Em nota, governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha, também comentou a morte. "A morte de Afonso Arinos de Melo Franco é uma oportunidade para refletirmos sobre o país que queremos. Foi um brasileiro que ajudou a fazer a história de todos nós Deputado, senador, ministro, jurista, teve participação fundamental  em momentos cruciais, como o combate à ditadura de Vargas, com um discurso histórico. Arinos também foi o responsável pela Lei de combate ao racismo e pela organização da Constituição que ainda hoje rege a vida nacional. É uma perda imensa para o Brasil. Que Deus conforte sua família”.

 

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