Correio Braziliense
postado em 18/03/2020 04:12
Os quase 2 mil passageiros do Cruzeiro Soberano, da Pullmantur, que deixaram o Brasil há 15 dias, rumo a Portugal, estão pedindo ajuda para deixar a Europa e retornar para casa. Ontem, um grupo representando os 1.888 turistas se reuniu em frente ao consulado brasileiro em Lisboa e fez um vídeo para expor a situação que todos estão vivendo, sem ter onde ficar e como viajar de volta.
A grande maioria é de brasileiros que tinham planos de viajar pelo continente europeu antes de a epidemia do coronavírus se tornar uma pandemia. Sem ter como seguir viagem ou remarcar as passagens de volta, o grupo aguarda medidas do governo brasileiro e também um posicionamento da CVC, empresa pela qual compraram os pacotes, para saber como serão acomodados até que a situação seja resolvida.
Maurício da Rosa, 53 anos, viajou com a mulher Andrea Fernandes Rosa e os filhos, Gabriela e Matheus, para encontrar Bruna, que mora em Barcelona há um ano. “Saímos do Brasil há 15 dias, quando havia apenas dois casos suspeitos no país”, conta. O cruzeiro, com origem em Salvador e Recife, e que teve Portugal como destino, foi impedido de atracar em Lisboa e os passageiros só conseguiram desembarcar em Cádiz.
Ainda assim, a autoridade portuária da cidade informou que “trata-se de uma exceção à ordem aprovada pelo conselho de ministros na passada quinta-feira (12), pela qual se proibia o atraque de cruzeiros em qualquer porto do país até ao próximo dia 26 de março, devido ao risco de propagação da Covid-19”. Os passageiros foram impedidos de voltar a entrar no cruzeiro, e 50 ônibus os levaram a Lisboa. “Os veículos foram escoltados”, recorda Maurício.
Procurada, a CVC diz que “a agência tem acompanhado de perto e atuado de forma ativa nas remarcações e embarques de passageiros para o retorno ao Brasil”. Em nota, o Itamaraty informou que “consulados e embaixadas do Brasil permanecem à disposição para receber demandas dos brasileiros”.
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