Correio Braziliense
postado em 21/03/2020 11:37
Um grupo de pesquisadores da USP traduziu um documento da Organização Mundial da Saúde com instruções de como empresas habilitadas podem fazer um gel antisséptico sem carbopol, elemento quÃmico essencial para fazer álcool gel que está escasso e também é usado em outros produtos. A diretriz tem mais de dez anos e foi estabelecida para paÃses pobres, especialmente os da Ãfrica.
Segundo especialistas, esta é uma boa opção para substituir o álcool gel no combate ao coronavÃrus, com o mesmo efeito de limpeza, desde que seguidas as devidas instruções em um ambiente industrial. "É um sanitizante mais lÃquido e também mais barato, com o melhor custo-benefÃcio possÃvel", afirma o pesquisador Filipe Canto Oliveira, da Faculdade de Ciências Farmacêuticas de Ribeirão Preto (FCFRP).
A instrução da OMS mantém algumas matérias-primas para fazer o álcool gel, entre eles o etanol e o álcool isopropÃlico - este mais adequado para uso em equipamentos eletrônicos.
Doutor em Saúde Pública e professor de QuÃmica da Universidade Presbiteriana Mackenzie de São Paulo, Rogério Aparecido Machado também concorda que a diretriz da OMS para produção de produto sanitizante pode ser uma boa saÃda, mas também esbarra na questão de escassez de matéria-prima. "O etanol 96%, que está na fórmula da OMS, não é vendido abertamente. Com aumento da demanda, o preço pode aumentar", ressalta Machado.
Wagner Contrera, gerente de fiscalização do Conselho Regional de QuÃmica da Quarta Seção, explica que a produção de álcool gel e sanitizantes deve seguir as normas da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária). "Com o coronavÃrus, a Anvisa se tornou mais flexÃvel na produção do álcool gel, permitindo que farmácia de manipulação e estabelecimentos fabricantes de produtos cosméticos também façam álcool gel."
Notícias pelo celular
Receba direto no celular as notícias mais recentes publicadas pelo Correio Braziliense. É de graça. Clique aqui e participe da comunidade do Correio, uma das inovações lançadas pelo WhatsApp.
Dê a sua opinião
O Correio tem um espaço na edição impressa para publicar a opinião dos leitores. As mensagens devem ter, no máximo, 10 linhas e incluir nome, endereço e telefone para o e-mail sredat.df@dabr.com.br.