Brasil

Bancos de sangue do país pedem ajuda para manter estoques durante pandemia

Apesar das recomendações para que o brasileiro evite sair de casa, bancos de sangue de todo o país pedem ajuda para evitar queda drástica nos estoques. Em meio à pandemia, população deve agendar horário para evitar aglomerações

Correio Braziliense
postado em 24/03/2020 06:00

Apesar das recomendações para que o brasileiro evite sair de casa, bancos de sangue de todo o país pedem ajuda para evitar queda drástica nos estoques. Em meio à pandemia, população deve agendar horário para evitar aglomeraçõesO número de doadores de sangue, no Brasil, sofreu uma queda drástica por conta da pandemia de coronavírus. É o que informa a administração dos hemocentros brasileiros. Em meio à quarentena, foi preciso mudar a forma de atendimento para não zerar os estoques dos bancos de sangue e tentar garantir à população um ambiente seguro e sem contágio do coronavírus (Covid-19). O agendamento foi a saída escolhida, tanto em Brasília, quanto nos demais estados, como forma de evitar aglomerações.


Na cidade do Rio de Janeiro, as doações de sangue caíram mais de 50% na semana passada por causa do coronavírus. A estimativa de queda para o estado é ainda maior e pode chegar a 70%. No Brasil, houve uma redução de 30% a 40% nos estoques.


O estoque dos bancos de sangue no Hemocentro do Hospital São Paulo e no IBCC Oncologia atingiram níveis críticos. O Centro de Hematologia e Hemoterapia do Piauí (Hemopi), de Teresina, está realizando uma campanha para pedir às pessoas que agendem um horário para doação de sangue durante a pandemia e evitar que o estoque de bolsas de sangue caia durante o período de calamidade pública no estado.


Em Minas Gerais, a Fundação Hemominas registrou queda de 40% de voluntários nos hemocentros. O estoque de sangue O positivo é crítico e outros cinco tipos estão em estado de alerta: O negativo, A positivo e negativo, B negativo e AB negativo.
A Fundação Hemocentro de Brasília diz que “após a suspensão de atividades escolares e restrição no fluxo de pessoas, o movimento caiu cerca de 30% (comparando o período de 12 a 16 de março de 2020 com o mesmo intervalo do ano anterior)”. No Distrito Federal, opera-se com estoque estratégico, que pode abastecer toda a rede pública e hospitais conveniados, de dois a sete dias, dependendo do hemocomponente (hemácia, plasma ou plaqueta), se não houver qualquer doação de sangue no período.

 

Atualmente, os tipos sanguíneos AB negativo e B negativo estão em menor quantidade, abaixo de 50%.


Na Paraíba, o hemocentro passou a oferecer o serviço de agendamento de doação de sangue por WhatsApp. Em Brasília, também é possível marcar horário, por meio do telefone 160 opção 2. 

Orientações

Para doar sangue, é necessário ter entre 16 e 69 anos de idade, pesar mais de 51 kg, estar saudável e não pode estar em jejum.  O candidato deve comparecer ao local bem alimentado, mas tendo evitado alimentos gordurosos, leite e derivados pelo menos 3 horas antes da coleta de sangue.

 


Além disso, é fundamental manter-se hidratado e não ingerir bebidas alcoólicas nas 12 horas anteriores ao procedimento.
O Hemocentro também explica que não há evidências de transmissão do coronavírus pelo sangue. Porém, quem apresentar sintomas respiratórios como tosse, coriza, dor de garganta ou febre deve aguardar 15 dias para fazer a doação.


Caso a pessoa tenha visitado países com casos confirmados de coronavírus, ou cidades/estados com transmissão comunitária do vírus, deve aguardar 30 dias após o retorno ao Brasil para doar sangue. Quem teve contato com paciente infectado ou pessoa com suspeita da doença também deve esperar 30 dias.

 

*Estagiário sob supervisão de Andreia Castro  

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