Brasil

Rio de Janeiro adia retorno das aulas e adota ensino no formato online

Secretaria de Estado de Educação firmou convênio com Google e inicia na próxima segunda-feira o novo modelo

Correio Braziliense
postado em 24/03/2020 19:02

Estudantes sem acesso à internet receberá material impressoA Secretaria de Estado de Educação do Rio de Janeiro (Seeduc) decidiu adiar o retorno das aulas na rede pública estadual de ensino, previsto para o dia 30, em atendimento ao protocolo estabelecido pelo Gabinete de Crise de prevenção ao novo coronavírus e pela Secretaria de Estado de Saúde.

 

Sem atividades presenciais nas escolas, a secretaria vai disponibilizar, já a partir da próxima segunda-feira (30), aulas no formato online, graças a convênio firmado com o Google, na plataforma Google Classrom. De acordo com estimativa da Seeduc, a paralisação das aulas nos colégios públicos e privados pode chegar a três meses.

 

Segundo informou hoje (24) o secretário de estado de Educação, Pedro Fernandes, os professores da rede pública estadual, nos seus horários de trabalho, ministrarão as atividades na plataforma online, respeitando o quadro de horários das suas aulas presenciais. As gratificações por Lotação Temporária (GLPs) dos docentes serão mantidas, disse o secretário.

 

De acordo com a Seeduc, os alunos que não tiverem acesso à internet receberão o material impresso em suas casas e, após o retorno das atividades presenciais, caso tenham necessidade, terão aulas de reforço. O método de avaliação e provas bimestrais dependerá do período de interrupção das atividades presenciais.

 

Ano letivo

 

Pedro Fernandes afirmou que a ideia é manter os 200 dias letivos, mesmo que a Lei de Diretrizes e Base da Educação (LBD) permita que, em função da pandemia do coronavírus, os estados terminem o ano letivo de 2020 com menos dias. “O objetivo da Seeduc é não prejudicar nem desestimular os alunos durante o período de quarentena. As horas de aulas à distância serão contadas como horas-aula normais”, disse o secretário.

 

Para as escolas particulares que não tiverem sua própria plataforma, a Secretaria de Educação buscará viabilizar esse serviço junto ao Google. A Seeduc fornecerá ainda o conteúdo didático para os colégios privados, caso isso seja necessário.

 

Fernandes informou que as escolas da rede pública estadual com cursos técnicos articulados ao ensino médio terão, inicialmente, as disciplinas básicas da Base Nacional Comum Curricular (BNCC) no formato online. O mesmo ocorrerá com as escolas no modelo de educação integral; as que ofertam Curso Normal (para formação de professores) e aquelas vocacionadas ao ensino cívico-militar.

 

Posteriormente, será disponibilizada na plataforma a parte teórica das matérias específicas. Após o retorno das aulas presenciais, serão aplicadas as disciplinas práticas. O estágio dos alunos do Curso Normal retornará após a normalização das aulas presenciais.

 

Pedro Fernandes disse que os estudantes cujas famílias são beneficiárias do programa Bolsa Família receberão assistência também com relação à merenda. A direção das escolas fará a lista desses estudantes para que a Seeduc possa viabilizar recurso junto ao governo fluminense destinado à alimentação desses jovens. O secretário observou que muitos desses alunos têm como refeição principal a merenda servida nos colégios. 

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