Brasil

Mais de 2 mil casos no país

Correio Braziliense
postado em 25/03/2020 04:35
O número de vítimas do novo coronavírus continua a crescer. A última atualização feita ontem pelo Ministério da Saúde registrou 46 mortes por Covid-19 no país. São 12 a mais do que o dia anterior, o que representa o maior salto desde o registro do primeiro óbito no Brasil. Todas as vítimas estão localizadas nos estados de São Paulo (40) e do Rio de Janeiro (6). A atualização ainda indicou que há 2.201 casos confirmados. Com isso, a taxa de letalidade do vírus no Brasil é de 2,1%.

Até o momento, todas as vítimas da Covid-19 no país estavam dentro do grupo de risco. A maior parte são pessoas acima dos 60 anos. Os pacientes que estão fora desse grupo já tinham comorbidades. Os 10 novos casos fatais confirmados, ontem, no estado de São Paulo, são referentes a seis homens, com idades entre 71 e 93 anos; e quatro mulheres, de 48, 65, 84 e 85 anos.

A Secretaria de Saúde confirmou que a mulher de 48 anos tinha comorbidades, ou seja, também estava dentro do grupo de risco. Entre o total de mortes registradas em São Paulo até o momento, 37 ocorreram em hospitais privados e três em hospitais do Sistema Único de Saúde (SUS). No Rio de Janeiro, as duas novas vítimas são idosos: uma mulher, de 71 anos, e um homem, de 74 anos. Os dois moravam na capital fluminense.

A maioria dos casos confirmados segue concentrada na região Sudeste, que tem 1.278 pacientes com diagnóstico positivo para a Covid-19. Em seguida, está o Nordeste, com 354 casos confirmados; o Sul, com 270; Centro-Oeste, com 217; e o Norte, com 82. Todos os estados do país têm casos confirmados. De acordo com o ministério, o aumento dos números está dentro do esperado. “Nós estamos trabalhando com um índice baseado na evolução dos demais países, de um acréscimo de casos confirmados de 33% por dia. Ou seja, a cada três dias o número de casos dobraria. Isso tem acontecido. Estamos ficando geralmente abaixo dos 33%. A curva de crescimento está dentro do que nós esperávamos”, afirmou o secretário-executivo do órgão, João Gabbardo.

Isolamento
O secretário aproveitou para reforçar as recomendações de isolamento: “O Ministério da Saúde entende que o surto de uma pandemia tem um ciclo natural e só vai começar a reduzir o número de casos quando ao menos 50% da população tiver contato com a doença. Portanto, as recomendações continuam as mesmas”.

De acordo com a pasta, todas as pessoas sintomáticas devem ficar em casa junto com os familiares por 14 dias. Além disso, pessoas com mais de 60 anos também devem seguir o isolamento domiciliar e só devem sair em caso de atividade necessária.

“Até o momento, o Ministério da Saúde estabeleceu o isolamento e não uma situação de quarentena. Não existe por parte do ministério nenhuma determinação de quarentena. Por consequência não estamos pensando em penalidades para quem não cumprir com essas orientações, uma vez que elas não foram definidas pelo órgão”, explicou Gabbardo.




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