Pelo ritmo de disseminação dos casos de covid-19, a cidade de São Paulo vai precisar de pelo menos mil leitos de UTI até o final de abril, período que se espera ser o mais agudo do espalhamento do novo coronavírus, segundo o secretário da municipal de Saúde, Edson Aparecido.
A afirmação foi feita pelo secretário neste sábado, 28, no Hospital Municipal da Brasilândia, na zona norte da capital, onde devem ser oferecidos 150 leitos de UTI em 40 dias e mais 30 leitos de enfermaria para pacientes com o novo coronavírus.
Segundo o prefeito Bruno Covas (PSDB), a expectativa é de um acréscimo de 725 leitos de UTI. A Prefeitura já anunciou que serão oferecidos 2 mil leitos de baixa e média complexidade no parque de exposições Anhembi e no estádio do Pacaembu, onde estão sendo construídos hospitais de campanha, e mais 100 leitos de UTI serão construídos no Hospital de M’Boi Mirim.
Covas insistiu neste sábado na necessidade de a população manter o isolamento para evitar a disseminação do vírus e enfatizou que "vários estudos demonstraram quanto o isolamento se refletiu no achamento da curva da expansão da doença na cidade, reduzindo as expectativas iniciais de pessoas contaminadas e do número de mortes".
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Para implantar os 150 leitos de UTI e 30 de enfermaria no Hospital da Brasilândia foram gastos R$ 15 milhões em equipamentos. Segundo Aparecido, serão contratados 400 profissionais da saúde em caráter emergencial para tocar esses leitos.
O secretário reafirmou que o momento mais agudo da disseminação da doença deverá ser entre final de abril e início de maio e que a cidade tem de estar com a infraestrutura preparada para atender a esse pico. Ele disse ainda que foi feito um acordo com cinco laboratórios privados para que até a próxima sexta-feira sejam oferecidos maus 600 testes diários para detectar coronavírus na cidade. A Prefeitura também aguarda o envio de testes do ministério da Saúde.
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