Brasil

Receita intercepta exportações de equipamentos




O secretário-executivo do Ministério da Saúde, João Gabbardo dos Reis, informou que 271 requisições de exportações de equipamentos de proteção para profissionais de saúde foram interceptadas nesta semana pela Receita Federal e pela Polícia Federal. Entre os produtos, estavam máscaras e luvas.

O Senado aprovou, na quarta-feira, o projeto que proíbe ou limita exportação de produtos médicos, hospitalares e de higiene essenciais ao combate da Covid-19 no país. A restrição vale durante o estado de calamidade pública, até 31 de dezembro.

A disponibilização desses produtos foi discutida em reunião com governadores, com o presidente Jair Bolsonaro e com o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta. Os chefes de Executivos estaduais reclamam da demora da chegada dos equipamentos aos estados. Segundo Gabbardo, a dificuldade deve-se à redução na quantidade de voos, principalmente nas regiãos Norte e Nordeste.

“Agora, estamos com uma logística com o Ministério da Infraestrutura, que está ajudando muito, estão disponibilizando outros tipos de transporte e também em alguns casos utilizaremos a Força Aérea Brasileira para distribuição de medicamentos, vacina e equipamentos”, afirmou. Segundo Gabbardo, todos os estados já receberam duas remessas de produtos e equipamentos. Ele disse, ainda, que o ministério já está operacionalizando uma próxima rodada.

Evolução dos casos

O secretário em vigilância de saúde do ministério, Wanderson Oliveira, afirmou que ainda não é possível avaliar se o ritmo de crescimento de contaminações pela Covid-19 está em uma velocidade segura. De acordo com dados apresentados, a taxa de crescimento de contaminados no Brasil ficou em cerca de 20% por dia na semana passada. O índice está abaixo do estimado pela pasta, que é de 33% no número de casos a cada dia.

Teste rápido

O Ministério da Saúde planeja iniciar, nesta semana, os testes rápidos para identificação do novo coronavírus. A princípio, segundo Wanderson Oliveira, serão usados em profissionais de saúde, que podem identificar com mais facilidade os sintomas da doença.

O secretário ressaltou que há várias marcas disponíveis no mercado e que podem apresentar resultados diferentes do que os prometidos pelos fabricantes. Segundo ele, algumas das opções já foram liberadas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e outras estão em análise.