Brasil

Justiça concede prisão domiciliar a João de Deus por conta do coronavírus

O líder religioso foi condenado a 19 anos e quatro meses de prisão, em regime fechado, por crimes sexuais contra quatro mulheres

Correio Braziliense
postado em 30/03/2020 19:15
O líder religioso foi condenado a 19 anos e quatro meses de prisão, em regime fechado, por crimes sexuais contra quatro mulheresO médium João de Deus, de 77 anos, deixará nas próximas horas o Complexo Prisional de Aparecida de Goiânia (GO), onde cumpre pena desde 16 de dezembro de 2018. A decisão de soltá-lo é da juíza Rosângela Rodrigues Santos, da comarca de Abadiânia (GO), onde avaliou a recomendação do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), em que pede os tribunais e magistrados de reconsiderarem prisões de detentos que fazem parte do grupo de risco do novo coronavírus.  

O líder religioso foi condenado a 19 anos e quatro meses de prisão, em regime fechado, por crimes sexuais contra quatro mulheres, onde buscavam atendimento espiritual na casa Dom Inácio de Loyola, no município de Abadiânia, onde ele operava seus cultos. Além desses crimes, ele responde a outros processos por crimes sexuais e ainda tem uma condenação por posse de armas de fogo. Desde que começou a ser investigado, ele teve suas contas e bens bloqueados pela justiça.

Saiba Mais

Os advogados Anderson Mendonça e Marcos Maciel no pedido de substituição de prisão preventiva pela domiciliar, embasaram que o cliente é uma pessoa idosa, com doença grave, onde possui um histórico de progressiva piora a seu estado de saúde, sem que a unidade prisional onde se encontra possa oferecer tratamento adequado. Para proferir a decisão, a juíza analisou laudos onde mostram o estado de saúde do religioso e a falta de atendimento médico de urgência.

O benefício tem uma série de restrições que devem ser seguidas, uma delas, é que ele está proibido de deixar Anápolis. Ele ainda está impedido de manter contato de qualquer natureza com vítimas ou testemunhas pelas acusações penais que sofre. A casa Dom Inácio de Loyola é mais um dos lugares que ele não poderá frequentar.

*Estagiário sob supervisão de Roberto Fonseca

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