Brasil

Tereza Cristina: "Risco de desabastecimento, hoje, não temos"

Em coletiva de imprensa, a ministra negou que haja insuficiência de estoque de alimentos

Correio Braziliense
postado em 01/04/2020 17:45
Em coletiva de imprensa, a ministra negou que haja insuficiência de estoque de alimentosA pandemia de coronavírus não resultou em falta de produtos nos supermercados, afirmou a ministra da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Tereza Cristina, nesta quarta-feira (1/4), em coletiva de imprensa no Palácio do Planalto. A preocupação da pasta, segundo ela, é com os pequenos produtores, que não conseguem vender os insumos, devido à quarentena.

A declaração vem no mesmo dia em que o presidente Jair Bolsonaro publicou vídeo, nas redes sociais, em denúncia à suposta falta de alimentos em Minas Gerais, por erro de governos locais. Ele apagou a publicação pouco depois. Tereza Cristina afirmou que o vídeo foi gravado na tarde de terça-feira (31/3), durante a limpeza do Ceasa de Belo Horizonte.

Apesar do momento de crise, o país cumpre a missão de manter as prateleiras abastecidas, tranquilizou a ministra. "Risco de desabastecimento, hoje, não temos", garantiu. "Em todas as capitais, em todas as cidades, não temos nenhuma notícia de que esteja faltando qualquer tipo de alimento nas prateleiras de supermercados", reforçou.

"Nossa preocupação é com pequenos produtores, como vamos atendê-los", disse a ministra. Como as pessoas estão em casa, eles têm dificuldade em vender os produtos, apesar de manterem os estoques. "Por causa dessa situação atual, das pessoas ficarem em casa, dessa mudança de hábito que temos que ter, mudou também o habito de comer fora de casa", explicou.

A categoria "tem produtos, mas não consegue vender como antes", apontou. O Ministério da Agricultura trabalha com o Ministério da Economia para ajudar os produtores, de forma que consigam se sustentar agora e estejam prontos para manter o serviço depois da crise. Além disso, a pasta mantém contato direto com associações de supermercados, para monitorar a situação.

Preços

Diante da reclamação de consumidores sobre o aumento de preços de alguns alimentos, Tereza Cristina afirmou que "pode acontecer, realmente, variação entre uma semana e outra". O motivo é a dificuldade de caminhoneiros para entregar os produtos. Ela lembra que eles têm recorrido a restaurantes para se alimentar e seguir o trabalho.

A ministra afirmou que verifica a situação em um gabinete de acompanhamento. "A gente tem verificado, acompanhado, mas realmente vamos ter que ter muita calma nessa hora. Temos checado se realmente existe falta, para aumento de preços", disse.

A Agricultura também trabalha com o ministro de Infraestrutura, Tarcísio Freitas, para monitorar o transporte de alimentos e o deslocamento de funcionários, outra preocupação do ministério. De acordo com ela, é preciso haver coordenação entre os governos municipais e federal. "Temos orientados os prefeitos, as empresas, que pedem como fazer para que esse serviço essencial não seja interrompido", afirmou.

Além disso, o ministério da Agricultura cedeu laboratórios ao Ministério da Saúde, para aumentar o número de testes de diagnóstico de covid-19, anunciou Tereza Cristina. Estão à disposição máquinas do ministério e da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa).

Cuidados

A ministra também afirmou que as empresas são orientadas a ter "todos os cuidados" com consumidores e funcionários, de acordo com as recomendações do Ministério da Saúde. "Claro que nós temos pedido para todas as empresas que estão trabalhando nesses serviços essenciais tenham todos os cuidados com as pessoas, de distância, higiene", disse.

Saiba Mais

Uma "grande preocupação" dela é a segurança dos pequenos produtores de leite. Mais de 1 milhão de trabalhadores atuam na área. "Estamos distribuindo cartilhas para as pessoas. Neste momento, precisam saber como fazer e o que fazer. Temos levados isso também para o interior, a pequenos produtores", disse.

Uma "grande preocupação" dela é a segurança dos pequenos produtores de leite. Mais de 1 milhão de trabalhadores atuam na área. "Estamos distribuindo cartilhas para as pessoas. Neste momento, precisam saber como fazer e o que fazer. Temos levados isso também para o interior, a pequenos produtores", disse.

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