Correio Braziliense
postado em 02/04/2020 21:40
Um grupo de pessoas que faria um panelaço a favor da retomada da atividade comercial na Praça Marília de Dirceu, no Bairro Lourdes, Região Centro-Sul de Belo Horizonte, desistiu de realizar o evento na noite desta quinta-feira (2).O protesto aconteceria nas proximidades da casa do prefeito Alexandre Kalil (PSD), que decretou o fechamento de diversos tipos de estabelecimentos em 18 de março.
O cancelamento aconteceu depois que a Polícia Militar aconselhou os organizadores para evitar a aglomeração de pessoas. O evento havia sido agendando pelas redes sociais. Os mesmos canais foram usados para avisar os interessados sobre o embargo.
Ainda assim, organizadores do evento foram ao local porque sabiam que parte da imprensa e alguns manifestantes poderiam se deslocar. O objetivo era comunicar o porquê do cancelamento da agenda.
“Nós, dos movimentos sociais, queremos que o coronavírus seja visto não só pelo lado da saúde, mas também pelo viés da economia e do trabalho, porque isso também impacta na saúde do cidadão. Estamos passando um terror enorme por causa da avalanche do assunto na imprensa. A retomada será muito dura”, justifica um dos organizadores da manifestação, Cipriano Antônio de Oliveira, de 65 anos, engenheiro civil aposentado.
Apesar de fazer parte do grupo de risco, Cipriano se diz saudável e preocupado com o futuro das empresas após a pandemia.
Saiba Mais
Na sexta-feira passada, uma mobilização de pessoas a favor da reabertura do comércio marcou o noticiário. Os manifestantes, muitos com camisas ligadas ao bolsonarismo, saíram da Cidade Administrativa e foram de carro até a porta da Prefeitura de Belo Horizonte.
Alguns deles, cerca de 50, foram multados pela Guarda Municipal por estacionamento irregular na Avenida Afonso Pena e na Rua Goiás, no Centro de BH.
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