Correio Braziliense
postado em 06/04/2020 04:33
A pandemia e a detecção das mortes pela Covid-19 mexeu também com a medicina legal, no sentido de tornar as necrópsias mais céleres. João Pitaluga, presidente da Associação Brasiliense de Medicina Legal (ABrML), explica que, dentre as medidas necessárias para mitigar os riscos à saúde dos profissionais da saúde e conter a transmissão da infecção, no Instituto de Medicina Legal (IML) do Distrito Federal “estão sendo utilizadas técnicas de necrópsias não invasivas, conhecidas como virtópsias (alternativa virtual a uma autópsia tradicional, realizada com a tecnologia de digitalização e geração de imagens), que permitem que o caso seja esclarecido com maior rapidez, menor custo e menor risco de contaminação para servidores e para a população”.
As necrópsias serão realizadas por meio da inspeção externa do corpo, tomografia computadorizada e coleta de amostras biológicas, sem a abertura dos despojos. Os médicos legistas utilizam EPIs durante os exames necroscópicos e de corpo de delito. Além disso, em perícias realizadas em pessoas vivas, a orientação é de que seja mantida uma distância mínima de um metro durante os atendimentos. Tudo isso, segundo Pitaluga, é feito em ambientes com boa ventilação, higienização frequente das mãos e superfícies, intensificação da limpeza geral e pia para lavagem das mãos.
Ele conta que a rotina dos atendimentos mudou. “Houve redução no número de atendimentos nas perícias do vivo, acrescido do fato que somente deverá ser encaminhado ao IML, para realização de Exame de Corpo de Delito, em casos de possíveis lesões corporais, o autuado que afirmar ter sido agredido fisicamente ou que apresentar lesões aparentes”, afirma.
*Estagiários sob a supervisão de Fabio Grecchi
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