Correio Braziliense
postado em 08/04/2020 13:38

Ele foi submetido a tratamento com hidroxicloroquina e, em entrevista ao Jornal da manhã, da Rádio Jovem Pan, defendeu o uso da medicação nos pacientes com a doença, desde que seja uma opção médica debatida com cautela. “Sempre quando é proposto um tratamento, isso é discutido entre médico e paciente. Quando me propuseram o uso de hidroxicloroquina, óbvio que aceitei", afirmou.
“Tudo que eu não quero, pela ética médica, é influenciar outros tratamentos. Se estou falando para milhares de pessoas, muitas vão querer, inadvertidamente, usar cloroquina. Isso é uma responsabilidade muito grande”, ponderou. Kalil disse, ainda, que o uso da hidroxicloroquina foi apenas um dos medicamentos que contribuiu para a recuperação. Foram propostos corticoide, antibiótico, anticoagulante e oxigenoterapia pelos médicos.
Para o cardiologista, as alternativas que minimizem os danos à população e que possam evitar mortes devem ser consideradas. “Embora todos saibam que não há grandes estudos comprovando o benefício, uma situação em paciente mais grave, acho que tem que ser ponderado sim”.
O uso da cloroquina e da hidroxicloroquina vem sendo defendido publicamente pelo presidente Jair Bolsonaro como tratamento para a Covid-19 e alternativa para justificar a flexibilização de medidas de contenção social. A substância está sendo usada de maneira controlada para tratar pacientes infectados pelo novo vírus, mas, segundo o Ministério da Saúde, por enquanto “como uma alternativa terapêutica”.
Saiba Mais
A cloroquina é usada para tratar doenças como malária, lúpus e artrite. O medicamento não pode ser manipulado sem indicação médica e precisa ter a dosagem específica para cada caso. Sem isso, os efeitos colaterais podem prejudicar o organismo e até levar à morte.
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