Correio Braziliense
postado em 09/04/2020 04:04
» MARIA EDUARDA CARDIMO número de mortes e casos confirmados do novo coronavírus no Brasil nas últimas 24 horas bateu recorde. De acordo com o Ministério da Saúde, foram registrados 2.210 diagnósticos e 133 óbitos de terça para quarta. Com o novo aumento, o Brasil tem 15.927 pessoas infectadas e 800 mortes. Para tentar frear o número de mortes, o ministro Luiz Henrique Mandetta assinou o primeiro contrato para produção nacional de respiradores.
O Ministério da Saúde informou a produção e entrega de 14 mil respiradores, sendo metade para Unidades de Terapia Intensiva (UTI) e outra metade, respiradores de transporte. “Não queremos que as pessoas necessitem, mas, caso necessitem, precisamos ter pelo menos uma perspectiva de entrega desses equipamentos”, afirmou Mandetta.
O ministro revelou que, praticamente, todas as compras de respiradores feitas na China não se confirmaram. O novo contrato é fruto de uma parceria entre Ministério da Economia e Ministério da Saúde. Mandetta relatou que o Brasil tem quatro empresas com produção de respiradores de capacidade limitada. “Uma delas, que é a Magnamed, tinha capacidade de produzir cerca de 400, 500 respiradores até o fim do ano. Só a Magnamed fechou (a produção de) 6.500 respiradores em 90 dias”, adiantou.
Para o diretor de Logística em Saúde do Ministério da Saúde, Roberto Dias, o grande desafio do projeto é a cadeia de suprimento. “Por mais que essas grandes empresas nacionais estejam nos auxiliando, ainda dependemos de peças internacionais. Por isso, o Ministério de Relações Internacionais tem nos ajudado muito”, explicou.
A taxa de letalidade do vírus, no Brasil, continua crescendo e chegou a 5%; a taxa mundial é 5,8%. São Paulo, Rio de Janeiro e Pernambuco são os estados com maior número de óbitos registrados. O ministro da Saúde chamou atenção para os estados do Amazonas, São Paulo, Ceará, Amapá, Rio de Janeiro e o Distrito Federal, que têm o coeficiente de incidência 50% acima da taxa nacional e, por isso, estão em emergência. “Extremo cuidado com esses locais. Gestores repactuem suas redes, ampliem seus leitos, administrem seus recursos humanos, otimizem seus equipamentos de proteção individual (EPIs). População, colabore. Vamos, todos nós, fazer a nossa parte”, alertou o ministro.
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