Brasil

Mandetta: "Brasileiro não sabe se escuta o presidente ou o ministro"

Em entrevista ao Fantástico, o ministro da Saúde disse que os meses de maio e junho serão o período mais difícil no enfrentamento da pandemia; de acordo com ele, o comportamento das pessoas ditará a dimensão dos casos

Correio Braziliense
postado em 12/04/2020 22:32

Em entrevista ao Fantástico, o ministro da Saúde disse que os meses de maio e junho serão o período mais difícil no enfrentamento da pandemia; de acordo com ele, o comportamento das pessoas ditará a dimensão dos casosO ministro da Saúde, Luis Henrique Mandetta, comentou, na noite deste domingo (12/4), em entrevista ao programa Fantástico, da Rede Globo, os recentes embates com o presidente Jair Bolsonaro. De acordo com ele, o "brasileiro não sabe se escuta o presidente ou o ministro". Mandetta se esquivou de fazer  críticas à situação. "A população se pergunta se o ministro está contra o presidente. E não tem contra. O nosso problema é o coronavírus. Se eu estou ministro da Saúde, eu estou por obra de nomeação do presidente", disse. "O presidente olha muito pelo lado da economia, o ministério pelo lado de proteção a vida. Que nós possamos ter uma fala unificada", completou.  

 

O ministro afirmou ainda que a dimensão da pandemia do novo coronavírus dependerá de como cada cidadão vai se comportar. "Depende do comportamento da sociedade. É como cada um de nós vamos ter consciência do cuidado individual", afirmou. O ministro ressaltou que o pior da pandemia ainda está por vir nos meses de maio e junho. "Sabemos que serão dias duros. Maio e junho serão os meses de maior estresse para o nosso sistema de saúde", disse. 

 

Mais cedo, em live com religiosos para celebrar a Páscoa, o presidente Jair Bolsonaro chegou a dizer que o vírus estaria indo embora

 

Lado pessoal 


O ministro aproveitou a oportunidade para explicar como tem sido o isolamento dele. "Saudade muito grande dos meus netos e filhos que estão no Mato Grosso do Sul. Também estamos fazendo o nosso exercício de distanciamento de quem amamos. Acho que não é diferente de cada brasileiro", afirmou. "Quando a gente protege nossa família, estamos protegendo todo mundo. A gente se pega emocionadi quando um neto pergunta porque não estamos nos vendo", completou.

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