postado em 16/04/2020 14:50

A logística, envolvendo 30 pessoas, foi traçada para evitar que o lote fosse desviado ou vendido aos Estados Unidos ou confiscado por Jair Bolsonaro ; como já havia acontecido outras vezes, segundo a coluna Painel, da Folha de S.Paulo, desta quinta-feira (16).
Em março, o governador do Maranhão reservou a compra de um lote de respiradores de uma fábrica de Santa Catarina, mas viu o governo federal bloquear a transação e distribuir os equipamentos segundo seus critérios.
Com a ajuda de uma importadora maranhense, Dino negociou diretamente com uma empresa chinesa, que enviou os equipamentos e suprimentos médicos para a Etiópia, escapando da rota que passaria pela Europa ; onde poderia ser desviada.
[SAIBAMAIS]Em São Paulo, a carga foi colocada em um avião fretado e enviada direta para o Maranhão, onde passou pela Receita Federal. A estratégia, de evitar a liberação na Alfândega em São Paulo, foi montada para que os equipamentos não fossem retidos pelo governo Bolsonaro. Os equipamentos desembarcaram na capital maranhense São Luís na terça-feira (14).
;Se não fizéssemos dessa forma, demoraríamos três meses para conseguir essa quantidade de respiradores. Assim que os equipamentos chegaram já os conectamos para ampliar a nossa oferta de leitos de UTI;, disse Araújo à Folha. A operação levou 20 dias, ao custo de 6 milhões de dólares.