Correio Braziliense
postado em 18/04/2020 04:03
Ao deixar oficialmente o cargo, Luiz Henrique Mandetta optou por fazer um discurso brando. Foi hora de agradecer ao presidente Jair Bolsonaro, ressaltar ações feitas na pasta e exaltar o Sistema Único de Saúde (SUS). No Ministério da Saúde, secretários escolhidos pelo antecessor de Nelson Teich se preparavam para a fase de transição que acontece em meio à pandemia.
A instrução do ex-ministro é para que toda a equipe permaneça à disposição do novo comandante da pasta até quando ele precisar. “Já pedi essa conduta a todos os secretários. Se precisar, é para ajudar, é para permanecer. Os cargos são de confiança e todos foram convidados por mim. Lógico que quando eu saio, todos eles colocam seus postos à disposição”, explicitou Mandetta, durante a última coletiva como ministro.
Há 30 anos atuando no Ministério da Saúde, o secretário-executivo João Gabbardo é uma incógnita. Nos bastidores, a torcida é para que ele permaneça por um tempo mais prolongado em alguma posição de destaque, até porque Teich conhece o trabalho técnico do segundo nome na pasta. O ainda secretário executivo garantiu: “não vou abandonar o barco”.
Já a aposta sobre o secretário de Vigilância em Saúde, Wanderson de Oliveira, é a de que a contribuição dele não deve se prolongar, mas será extremamente importante para uma mudança suave. O pedido de demissão precipitado, antes mesmo da oficialização da saída de Mandetta, aponta para esse cenário.
Amizade
Um dos que deve permanecer é o secretário de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos, Denizar Vianna. Conhecido de longa data do atual ministro, já foi sócio de Teich e mantém uma relação próxima com o ministro, o que pode facilitar a comunicação com a própria equipe de técnicos e servidores.
Teich e Denizar também trabalharam juntos no ministério, entre setembro de 2019 e janeiro deste ano. Na época, o atual ministro atuou como consultor da Secretaria de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos, comandada por Denizar.
Mas o time de auxiliares diretos de Mandetta será mexido. Ao escalar o almirante Flávio Rocha, chefe da Secretaria de Assuntos Estratégicos (SEA), para auxiliar na transição do Ministério e cumprir as ordens do Palácio do Planalto, dão como certa a saída de Francisco de Assis Figueiredo, secretário de Atenção Especializada à Saúde; e Erno Harzheim, secretário de Atenção Primária à Saúde, além dos assessores políticos do ex-ministro, os ex-deputados José Carlos Aleluia e Abelardo Lupion. (BL, MEC e ST)
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