Correio Braziliense
postado em 18/04/2020 04:04
O primeiro dia de trabalho do novo ministro da Saúde, Nelson Teich, foi marcado por mais um recorde no número de mortes pela Covid-19, que ultrapassou a marca das 2 mil. Na divulgação de ontem, 217 óbitos foram acrescentados no balanço, o que representa um aumento de 11,2%. Em uma semana, o Brasil mais que dobrou o número de óbitos, passando de 1.056 (em 10 de abril) para 2.141 casos até a mais recente atualização.
A confirmação de infectados pelo novo coronavírus também foi a maior registrada, desde o início da crise no país. Foram 3.257 novos casos, chegando a 33.682 positivos para o vírus. Em meio à escalada, o Ministério da Saúde, que passa pelo período de transição, não realizou as coletivas diárias para apresentar os números. Desde quinta-feira, a apresentação que traz detalhes como o perfil das vítimas (sexo, grupo de risco e faixa etária, por exemplo) não é divulgada.
De acordo com os registros, São Paulo é o estado que confirmou mais casos e mortes da doença. São 928 óbitos e 12.841 pessoas infectadas. O número de óbitos nos estados do Rio de Janeiro, Pernambuco, Ceará e Amazonas também já passa de 100. Todos os estados brasileiros já confirmaram mortes pela Covid-19. A taxa de letalidade do vírus no país é de 6,4%.
A Região Sudeste segue sendo a que mais tem casos confirmados, com 19.067 pacientes diagnosticados. Em seguida, está o Nordeste, com 7.469 casos; o Norte, com 3.158; o Sul, com 2.602; e o Centro-Oeste, com 1.386.
De acordo com especialistas, os dados ainda mostram a subnotificação que ocorre no país e impede que o Brasil registre o número real de infectados. Nos últimos levantamentos, o portal Covid-19 Brasil (ciis.fmrp.usp.br/covid19/), idealizado por um grupo de pesquisadores da UnB e da USP — e que inclui pesquisadores de várias universidades públicas brasileiras —, demonstrou que o número de infectados chega a ser 15 vezes maior do que o revelado pelos dados oficiais. Cientistas da Rede CoVida, iniciativa da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e da Universidade Federal da Bahia (UFBA), indicam que, até 23 de abril, o Brasil pode ultrapassar 65 mil casos da doença.
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