Correio Braziliense
postado em 18/04/2020 15:41
Com quase 700 pessoas internadas, entre casos suspeitos e confirmados do novo coronavírus, o Amazonas ganhou o reforço de um novo hospital para atendimento às vítimas da pandemia. As atividades do Hospital Nilton Lins começaram neste sábado (18/4), com 16 leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) e 66 leitos clínicos para atendimento exclusivo a pacientes com Covid-19.
Propriedade de uma universidade privada na zona centro-sul de Manaus, o local tem capacidade para 450 leitos, que devem ser abertos na totalidade ao longo das próximas semanas, segundo o governo do Amazonas. A secretária estadual de Saúde, Simone Papaiz, ressaltou que o principal objetivo da nova unidade de referência é desafogar as "portas de atendimento". Neste sábado, o governador Wilson Lima (PSC) esteve no hospital para a formalidade de abertura.
A alocação da unidade foi feita por um período de 90 dias, prorrogáveis por mais 90 dias, com aluguel mensal de R$ 866 mil. Na quarta-feira, 15, o juiz da 5ª Vara da Fazenda Pública, Cezar Luiz Bandiera, havia suspendido o contrato de aluguel ao acatar ação popular que alertava para uma capacidade ociosa no Hospital Delphina Aziz, até então o local de referência no atendimento à pandemia. O governo recorreu ao Tribunal de Justiça do Amazonas, que derrubou a decisão no dia seguinte.
O Delphina Aziz, que fica na zona norte de Manaus, tem capacidade para até 350 leitos, mas o estado atua com 179 leitos no local, sendo 75 de UTI. Na sexta-feira, 17, Simone Papaiz alertou para a necessidade de recursos humanos e estrutura, como parte elétrica, informática e serviços, como hotelaria, nutrição e segurança. "Isso (processo para novos leitos) está acontecendo numa velocidade muito alta, porque geralmente são processos mais morosos, mas nós não temos tempo", explicou.
Saiba Mais
O Amazonas apresentou 90 novos casos confirmados de Covid-19 nesta sexta-feira, totalizando 1.809, sendo 1.531 na capital Manaus e 278 no interior, onde não há estrutura clínica para atendimento a pacientes de casos graves. São 145 óbitos confirmados pela doença e 34 em investigação no estado.
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