Com tantas incertezas e sem uma solução farmacológica, uma das saídas é a liberação escalonada, na qual as pessoas voltam a se expor lentamente, ganhando, aos poucos, proteção contra a infecção. O infectologista Werciley Junior explica que, se todos voltarem à rotina de uma vez, poderemos ver o sobreuso do sistema de saúde. “A ideia de fazer o isolamento é justamente evitar sobrecarregar esse sistema. Se voltarmos todos de uma vez, isso pode acontecer”, avalia. O médico explica que seria necessário fazer uma imunização da população de forma lenta. Como a infecção não é tão leve quanto outras, não é possível que todos se contaminem ao mesmo tempo e se imunizem dessa forma.
Para ajudar a frear uma possível segunda onda de casos, máscaras têm sido recomendadas. Apesar de a Organização Mundial da Saúde (OMS) afirmar que o “uso de máscaras não é necessário para pessoas que não apresentem sintomas respiratórios”, alguns países têm aconselhado a utilização do equipamento de proteção individual. O Brasil é um deles. O Ministério da Saúde incentivou a fabricação de máscaras de pano para que as pessoas possam reutilizar. Alguns estados e municípios do país tornaram obrigatória a proteção facial nas ruas.
Pesquisadores acreditam que o mundo conviverá com o vírus durante uma longa fase. Alguns defendem que as medidas de distanciamento social sejam adotadas de forma intermitentemente até 2022. A infectologista Valéria Paes ressalta que, de qualquer forma, sempre será necessário reforçar as mesmas medidas de prevenção. “São aprendizados que devem permanecer. Devem ficar cristalizados na cultura de todos. Lavar sempre as mãos, ter álcool em gel na bolsa. Se estiver doente, não visitar pessoas idosas, não ir trabalhar.” (MEC)
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