Brasil

Médico morre na Bahia após se tratar com hidroxicloroquina por quatro dias

O médico se tratava com a droga para combater a Covid-19. Ele tinha 55 anos e era hipertenso e diabético

O médico Gilmar Calasans Lima, 55 anos, que morreu em decorrência do novo coronavírus na Bahia, na manhã da última segunda-feira (20), fazia tratamento que combina as drogas hidroxicloroquina e azitromicina.

Segundo o secretário de Saúde do Estado, Fábio Vilas-Boas, o médico era hipertenso e diabético e fazia o tratamento com as medicações havia quatro dias. De acordo com ele, Lima morreu 45 minutos depois de dar entrada na emergência do Hospital da Costa do Cacau, em Ilhéus, com um quadro de parada cardiorrespiratória. 

O secretário informou, em uma rede social, que o tratamento domiciliar com hidroxicloroquina e azitromicina resultou incialmente em "melhora clínica" e que Lima não tinha mais febre nem dispneia (falta de ar). Porém, o médico teve "um mal súbito". 

"Levado por familiares, deu entrada na emergência do Hospital da Costa do Cacau em parada cardiorrespiratória. Foi submetido a manobras de reanimação por 45 min, permanecendo sem estabilizar o ritmo cardíaco, terminando por evoluir para o óbito", escreveu Vilas-Boas.


Alerta sobre a hidroxicloroquina

Ainda segundo o sercetário, Lima obteve acesso à hidroxicloroquina e à azitromicina por ser médico. Vilas-Boas fez também um alerta: "É sabido que a cloroquina e a hidroxicloroquina podem levar a arritmias cardíacas graves potencialmente fatais. Seu uso deve ser precedido de avaliação cardiológica e realização de eletrocardiograma".

Saiba Mais

O Hospital Regional da Costa do Cacau divulgou uma nota de pesar. "O colaborador permanecia em isolamento domiciliar na última semana quando nas últimas 48hs apresentou piora, sendo internado de urgência no HRCC. Neste momento de dor e consternação, deixamos os nossos mais sinceros pêsames aos familiares e amigos".

Segundo a Secretaria Estadual de Saúde da Bahia, há 1.504 casos de coronavírus na Bahia e 48 óbitos pela doença. No Brasil, já foram registradas 2.741 mortes pela doença.