Correio Braziliense
postado em 22/04/2020 04:03
Mais 166 pessoas morreram no Brasil vítimas da Covid-19. Com isso, os óbitos chegaram a 2.741, de acordo com a última atualização do Ministério da Saúde, divulgada ontem. O número de casos confirmados também subiu, de 40.581 para 43.079, um aumento de 2.498 infectados pelo novo coronavírus.O Sudeste continua liderando o ranking de confirmações, com 53,7% dos casos. Em seguida, vem o Nordeste (25,2%), o Norte (10,3%), o Sul (6,9%) e o Centro-Oeste (3,8%). Todos os estados registraram mais infectados e mortes pelo coronavírus. São Paulo concentra a maior parte das notificações, com 15.385 casos e 1.093 mortes. Rio de Janeiro aparece em segundo lugar, com 5.306 casos e 461 óbitos.
Outros três estados também já têm mais que 100 fatalidades cada. São eles: Pernambuco (260), Ceará (215) e Amazonas (193). A taxa de letalidade é de 6,4%, índice considerado alto devido à baixa testagem, que não permite analisar a amplitude de casos.
Para conseguir adotar uma política de identificação em massa do vírus, o ministro da Saúde, Nelson Teich, ampliou de 23,9 milhões para 46,2 milhões a previsão de aquisição de testes. Desse total, são 24,2 milhões de RT-PCR (biologia molecular) e 22 milhões de exames rápidos (sorologia). Também será construído um centro de diagnóstico emergencial para combater a Covid-19. A iniciativa é uma parceria entre o Ministério da Saúde e o Grupo Dasa, líder em medicina diagnóstica no país.
O laboratório conseguirá analisar, aproximadamente, 30 mil amostras por dia e contará com mais de 100 profissionais direcionados exclusivamente para essa função. Além da mão de obra, a Dasa montará a estrutura em Alphaville (SP). Em contrapartida, o Ministério da Saúde ficará responsável pela disponibilização de equipamentos e insumos. Para que o centro de diagnóstico comece a funcionar ainda é necessário que a pasta finalize o chamamento público para organizar a logística, a fim de levar as amostras até o local.
Novo secretário
Quem deve assumir essa e outras operações de logística é o general Eduardo Pazuello. Indicado pelo presidente Jair Bolsonaro, o militar ocupará o cargo do secretário executivo, João Gabbardo, e a expectativa é de que, enquanto Teich se concentra na parte mais técnica dos dados, ele foque em aquisição e distribuição de insumos, estratégias de deslocamento e questões mais administrativas.
Pazuello tem experiência com a tarefa, já coordenou a Operação Acolhida, ação que recebia refugiados venezuelanos em Roraima e fazia a acomodação pelo Brasil. Na coordenação logística, também atuou nos Jogos Olímpicos e Paralímpicos no Rio de Janeiro, em 2016, e como comandante da Base Logística Multinternacional Integrada durante o Exercício AmazonLog17, manobra de logística multinacional envolvendo militares de Brasil, Peru e Colômbia. (BL)
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