Brasil

"É impossível um país sobreviver um ano parado", diz Teich em coletiva

Na ocasião, Teich defendeu uma diretriz para que estados e cidades possam retornar do isolamento

Correio Braziliense
postado em 22/04/2020 18:20
Na ocasião, Teich defendeu uma diretriz para que estados e cidades possam retornar do isolamentoO ministro da Saúde, Nelson Teich, participou nesta quarta-feira (22/4), de sua primeira coletiva de imprensa no Palácio do Planalto ao lado de outros ministros do governo Bolsonaro sobre as ações de enfrentamento no combate do novo coronavírus. Na ocasião, Teich defendeu uma diretriz para que estados e cidades possam retornar do isolamento e reforçou que não há como uma sobreviver um ano parado.

"É impossível um país sobreviver um ano parado. O afastamento é um pedido natural e lógico na largada, mas ele não pode não estar acompanhado de um programa de saída. Isso é o que gente vai desenhar e dar suporte para estados e municípios", afirmou.

De acordo com o ministro, o Ministério da Saúde desenhará uma diretriz que vai dar suporte aos estados e cidades, para estes que desenhem seus programas em relação ao isolamento e ao distanciamento social.

Ao falar sobre os números da Covid-19 no país Teich ainda se confundiu e errou o número de casos confirmados no Brasil. Atualmente, o país tem 45.757 pessoas infectadas. "A gente hoje tem 43.500 casos do coronavírus no Brasil", disse o ministro.

Teich anunciou ainda que as coletivas técnicas voltarão a acontecer na semana que vem. Desde a saída de Luiz Henrique Mandetta do cargo, na última quinta-feira (16/4), as coletivas técnicas, que contavam com a presença do secretário-executivo do MS, João Gabbardo, e do secretário de Vigilância em Saúde, Wanderson de Oliveira, não são mais realizadas.

O ministro também voltou a falar de pontos, que já tinha citado no discurso da posse. O novo ministro ressaltou a falta de informação da doença e a integração do Ministério da Saúde com outras pastas do governo.

Base de dados


Ele detalhou que elabora uma base de dados conjunta a outros ministérios para elucidar melhor os números relacionados à pandemia. “Vai ser Ministério da Saúde, Casa Civil e outros ministérios. Vamos buscar a integração cada vez maior com outros grupos do governo,  também estamos trabalhando com a iniciativa privada. Tudo isso vai ser consolidado”.

Em sua fala inicial, o ministro da Saúde citou três frentes de trabalho. "A gente tem três braços que vamos trabalhar e focar. O lado da informação, o da infraestrutura e o terceiro é a criação de uma diretriz que permita que estados e municípios abordem e criem política, projetos, em relação ao isolamento e ao distanciamento", disse.

Teich destrinchou a atenção à informação tanto para os dados relacionados ao Covid-19 quanto para outras doenças. “A gente sabe que doentes com outras doenças, como câncer, não estão chegando. E não é que a doença tenha sumido. É que as pessoas não estão procurando os hospitais, os ambulatórios. A gente sabe que doença cardiovascular também é um problema, tem pessoas morrendo em casa com enfarto porque não vão a tempo para uma emergência”, problematizou.

Saiba Mais

Ele disse que os hospitais da rede suplementar estão perdendo mais de 40% dos atendimentos não ligados à pandemia, o que, segundo ele “vai fazer com que os hospitais tenham ainda mais dificuldade para sobreviver. Quanto mais isso durar, mais difícil vai ser”. O problema prática disso é uma demanda reprimida ao longo desse tempo, podendo desencadear outra crise pós coronavírus.

Em relação à infraestrutura, o ministro destacou a questão da logística e distribuição por trás das estratégias de governo. Nesse contexto, confirmou ter convidado o general Eduardo Pazuello para ser o secretário-executivo.

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