Correio Braziliense
postado em 29/04/2020 09:10
Profissionais da área da saúde representam quase metade dos casos confirmados do novo coronavírus no Estado: são 42% dos casos, de acordo com o Sindicato dos Médicos do Pará (Sindmepa). Em dez dias, sete médicos morreram pela doença. Falta de Equipamentos de Proteção Individual (EPIs), de treinamento, contratações precárias e até o trabalho contínuo de profissionais do grupo de risco estão entre as principais reclamações.A técnica de enfermagem Rosana Rocha, que atua no Hospital e Pronto-Socorro Mário Pinotti, afirma que a falta de equipamentos foi um fator decisivo para a contaminação dela e de outros servidores. "Somos 1.200 trabalhadores. As pessoas faziam fila no almoxarifado para pegar equipamento e não dava para todo mundo. Foi um nível de precarização muito grande" disse. Rosana, de 53 anos, está afastada do trabalho com sintomas da covid-19 desde segunda-feira (27).
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A reportagem apurou que pelo menos outros dois idosos que retornaram ao trabalho tiveram complicações: um trabalhava no setor da radiologia e morreu - uma copeira segue internada.
O Estado afirma que 16% dos profissionais de saúde estão com covid-19 no Pará, com três óbitos confirmados. Sobre o retorno ao trabalho de servidores do grupo de risco, a Secretaria de Saúde do município de Belém não negou e se limitou a responder que "cumpre decreto municipal".
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