Correio Braziliense
postado em 30/04/2020 13:55
Sem conseguir realizar testes massivos para diagnosticar a presença do novo coronavírus, o Brasil se enquadra entre a lista de países com maior graus de subnotificação. Estudos estimam que, atualmente, passam de 1,2 milhão a média de predição dos brasileiros infectados pela doença. A defasagem, no entanto, dificulta elaboração de políticas públicas para conter o vírus e deixa a probabilidade de uma flexibilização do isolamento cada vez mais incerta.De acordo com as análises do portal Covid-19 Brasil, iniciativa que reúne pesquisadores da Universidade de São Paulo (USP) e da Universidade de Brasília (UnB), o número de infectados chega a ser quase 20 vezes maior do que o revelado pelos dados oficiais, variando entre 957 mil e 1,49 milhão ao incluir os assintomáticos e com quadro mais leve. Para se chegar a esse número, os estudiosos fizeram uma fórmula matemática fazendo um ajustamento da curva de casos com base no registro de óbitos, considerando que este é mais consolidado em nosso país.
Saiba Mais
O ministro da Saúde, Nelson Teich, admite divergência entre os números. Durante a audiência pública promovida pelo Senado Federal nesta semana, Teich disse que priorizar testes e fortalecer a capacidade de diagnóstico está entre as principais preocupações e prioridades. Como alternativa, o governo conta com o fortalecimento de parcerias com o setor privado. “Funcionaremos como força nacional de apoio, calibrando esforços e modulando as ações […]. Nos concentramos em aperfeiçoar as dinâmicas de aquisição, ampliar parceria com iniciativa privada, acelerar a entrega de insumos e serviços e estreitar relações entre estados e municípios. Esse é o momento histórico de união do país”, declarou.
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