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Teich: "Ninguém está pensando em relaxamento.Estamos criando uma diretriz"

O ministro declarou, ainda, uma preocupação com a veiculação da diretriz já que não quer que ela soe como uma recomendação de relaxamento.

Correio Braziliense
postado em 30/04/2020 19:50
O ministro declarou, ainda, uma preocupação com a veiculação da diretriz já que não quer que ela soe como uma recomendação de relaxamento.Em coletiva desta quinta-feira (30/04), o ministro da Saúde, Nelson Teich, afirmou que não está pensando no relaxamento das medidas de isolamento social apesar do Ministério da Saúde já ter formulado uma diretriz para balizar decisões de governadores e prefeitos. O ministro declarou, ainda, uma preocupação com a veiculação da diretriz já que não quer que ela soe como uma recomendação de relaxamento. 

“Ninguém está pensando em relaxamento. A gente está criando uma diretriz, o que é completamente diferente. Nesse momento ninguém está pensando em flexibilizar nada. A gente só está desenhando um projeto e uma diretriz”, disse Teich. De acordo com o ministro, o documento já está pronto, no entanto, só será apresentado aos governadores e prefeitos. 

“A diretriz vai ser usada para balizar discussões e decisões de governadores e prefeitos, mas neste momento a gente vai restringir essa apresentação a essas pessoas, sem colocar isso na mídia agora. Se liberar uma diretriz dessa puder soar como uma orientação ou recomendação de relaxamento isso seria muito ruim porque não é o caso”, declarou. 

O assessor especial de Teich e ex-secretário de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos, Denizar Vianna, ressaltou que é importante reforçar o papel da União e do Ministério da Saúde na formulação da política de saúde. “Não é o ministério que vai dizer qual estado que deve flexibilizar, qual município deve flexibilizar. Cabe ao Ministério da Saúde fornecer, instrumentalizar, esse processo transitório. Essa diretriz tem essa função”, pontuou. 

O ministro da Saúde explicou que quando o relaxamento acontecer, tem que ser feito com serenidade. “Em algum momento vamos ter que flexibilizar. Quando isso acontecer temos que ter a calma necessária porque pode ser que se tenha que voltar atrás. Tem que ser feito com absoluta serenidade, senão vai virar uma guerra. Isso não pode acontecer”, completou. 

Os números que fecham o mês de abril mostram o aumento crescente de infectados e óbitos que pode ser observados desde a última semana. O Brasil confirmou nesta quinta-feira (30/4) o maior número de casos do novo coronavírus nas últimas 24 horas. O sistema recebeu mais 7.218 novos registros e, com isso, o país tem, no total, são 85.380 infectados. No balanço de mortes pela doença, mais 435 óbitos foram adicionados e, no total, a Covid-19 já fez 5.901 vítimas no Brasil. 

Recursos

No início da coletiva, o ministro anunciou a habilitação de mais 184 leitos de UTI em Amazonas, 175 em Santa Catarina e 27 em Alagoas. Também será liberado mais R$ 482 milhões em créditos extraordinários de emendas parlamentares a nove estados mais críticos. Somente o Amazonas deve receber R$ 116 mi desse montante. 

Saiba Mais

Outra medida que prioriza aumentar a capacidade de atendimento em Manaus é o envio de 581 profissionais da saúde para garantir recursos humanos nos hospitais. Eles passarão por treinamento do ministério. "Todos aqueles estados que estão requisitando contribuição de ofertar treinamento e também pessoal no banco de dados estamos atendendo", afirmou a secretária de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde, Mayra Pinheiro. 

Para fortalecer o banco de recursos humanos, foram criadas três ações estratégicas: a antecipação de colação de grau de estudantes de quatro cursos da saúde, a bonificação das residências médicas com bonificação de 20% do valor da bolsa e a criação do banco de cadastro nacional das 14 áreas da saúde, onde os profissionais podem dizer se estão dispostos a atuar na linha de frente do combate à Covid. 396.418 dos 902.217 trabalhadores cadastrados aceitaram o desafio até a última atualização. 

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