Brasil

Oito estados concentram 88% dos casos fatais de Covid-19 no Brasil

Só em São Paulo, epicentro da doença no Brasil, registrou 128 mortes nas últimas 24 horas

Na última atualização do Ministério da Saúde, os estados mais afetados pela epidemia da Covid-19 são Rio de Janeiro, São Paulo, Ceará, Pernambuco, Amazonas, Maranhão, Pará e Bahia. Os oito estados têm mais de 100 mortes pela doença, cada, e, juntos, concentram 5.197 óbitos, totalizando 88% dos óbitos nacionais. Só em São Paulo, epicentro da doença no Brasil, registrou 128 mortes nas últimas 24 horas, chegando a um total de 2.375 perdas.


Justamente pela diversidade de cenários no mesmo país, o assessor especial de Nelson Teich e ex-secretário de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos, Denizar Vianna, ressaltou a importância do papel da União e do Ministério da Saúde na formulação da política de saúde, priorizando a metodologia não-linear. “A distribuição tem que atender a cada realidade, de cada região. Hoje, a gente sabe que existe uma assimetria da epidemia no próprio território nacional. O objetivo foi definir critérios para que essa distribuição possa atender às necessidades de maneira a tratar o desigual de forma desigual. Esse foi o princípio”, explicou.

Recursos

Para aumentar a capacidade de atendimento, segundo a pasta, serão habilitados mais 184 leitos de UTI no estado do Amazonas; 175, em Santa Catarina; e 27, em Alagoas. Também haverá a liberação de mais R$ 482 milhões em créditos extraordinários de emendas parlamentares a nove estados mais críticos. Somente o Amazonas deve receber R$ 116 milhões desse montante.

Outra medida que prioriza aumentar a capacidade de atendimento em Manaus é o envio de 581 profissionais da saúde para garantir recursos humanos nos hospitais. Eles passarão por treinamento da pasta. “A todos aqueles estados que estão requisitando contribuição de ofertar treinamento, e também pessoal no banco de dados, estamos atendendo”, afirmou a secretária de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde, Mayra Pinheiro. (MEC e BL)

 

 Trump cita crise no Brasil pela 2ª vez

Em coletiva de imprensa na Casa Branca, ontem, o presidente norte-americano Donald Trump voltou a comentar a situação da epidemia de Covid-19 no Brasil. “Eu odeio dizer, mas o Brasil está muito alto, o gráfico está muito, muito alto. Lá em cima, quase vertical”, afirmou. Ele ressaltou que “o presidente do Brasil é realmente um bom amigo meu, um ótimo homem, mas eles estão vivendo um momento muito difícil”. É a segunda vez em pouco mais de 48 horas que Trump menciona o país como exemplo negativo do combate à pandemia. Na terça, em conferência ao lado do governador da Flórida Ron de Santis, afirmou: “O Brasil tem praticamente um surto, como vocês sabem (...) Se você olhar os gráficos você vai ver o que aconteceu infelizmente com o Brasil. Estamos olhando para isso bem de perto”.