Brasil

Brasil chega a 107 mil casos confirmados

Correio Braziliense
postado em 05/05/2020 04:04
Ministro da Saúde visita hospitais e se reúne com autoridades no Amazonas: %u201CNão é um problema só de Manaus%u201D

O Brasil registrou 296 mortes decorrentes do novo coronavírus nas últimas 24 horas, segundo informações atualizadas pelo Ministério da Saúde. Com isso, o total oficial de vítimas da doença no país chegou a 7.321. Até domingo, eram 7.025. O número total de casos confirmados passou de 101.147 para 107.780, um acréscimo de 6.633 casos de um dia para o outro, incremento de 7%. O Amazonas tem 7.242 casos confirmados e 584 mortes. A unidade federativa com a maior taxa de mortalidade no país foi a primeira a receber a visita do ministro Nelson Teich.

Com agenda concentrada em visitar unidades de saúde e se reunir com gestores e profissionais da área, Teich passou o dia de ontem focado em se familiarizar com a situação de Manaus e do estado, que possui o maior percentual de mortos por 1 milhão de habitantes. A taxa está em 141, quase seis vezes maior que a média nacional (25,85). A taxa de incidência está em 1.764 e só perde para o Amapá, com 2.049 de índice.

“A nossa meta é fazer com que esse serviço seja cada vez melhor e mais eficiente para o paciente. Temos que fazer isso com velocidade e um trabalho de time”, disse o ministro, após se reunir com o prefeito de Manaus, Arthur Virgílio Neto. Na semana passada, o estado chegou a registrar ocupação em 96% dos leitos de unidade de terapia intensiva (UTI) ocupados para pacientes da Covid-19 e ganhou destaque negativo após acumular filas de corpos nos corredores de hospital.
Para comportar o aumento de mortes, foram instalados contêineres frigoríficos. O sistema funerário de Manaus também foi afetado, com um aumento de 30 para 100 enterros diários. Os corpos passaram a ser enterrados em valas comuns. “Queremos ajuda para tocar o que estamos fazendo, tanto na assistência básica de saúde, quanto na assistência de alta complexidade. Nós não temos 100% de acerto e sabemos disso, mas o saldo que temos em salvar vidas ou perdê-las é muito satisfatório”, opinou o prefeito Arthur Virgílio.

Entre as ações já anunciadas para auxiliar o Amazonas estão a ampliação da oferta de testes de diagnóstico e o apoio a pesquisas para desenvolvimento de novas tecnologias para enfrentamento à doença. Além disso, o estado recebe um reforço de 267 profissionais de saúde, contratados pelo Ministério da Saúde, para atuar no enfrentamento à Covid-19. A contratação é temporária, por até seis meses, e remunerada de acordo com o salário-base de cada categoria. Mesmo com dificuldade em equilibrar os atendimentos em meio à crise, Teich avaliou positivamente o atendimento nos hospitais de Manaus e ponderou: “Não é um problema só de Manaus, é um problema do Brasil e de todo mundo”.

 Ciência e Tecnologia tem novo secretário

O Ministério da Saúde reformula as secretarias desde a saída de Luiz Henrique Mandetta da pasta, no dia 16 de abril. A principal mudança realizada ontem aconteceu na Secretaria de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos, com a exoneração do secretário Denizar Vianna Araújo. Quem assume é o professor titular da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) Antonio Carlos Campos de Carvalho, como antecipou o Correio na última quinta-feira. No dia, o ministro da Saúde, Nelson Teich, nomeou Denizar Vianna para ocupar o cargo de assessor especial. Também, ontem, o ministro exonerou quatro servidores que ocupavam cargos de assessores especiais. Antonio Carlos é formado em medicina pela UFRJ e foi diretor, em 2014, do departamento de Ciência e Tecnologia da secretaria de mesmo nome, que agora assume. Outras trocas são ventiladas dentro do Ministério da Saúde. O secretário de Atenção Especializada à Saúde, Francisco de Assis Figueiredo, deve deixar a pasta em breve. Um dos nomes cotados para substituí-lo é o do secretário-executivo do Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (Conasems), Mauro Junqueira.

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