Brasil

Covid-19: polícia pede ajuda para identificar autora de notícias falsas

Chefe do 1º Departamento de Polícia Civil, Wagner Sales, também aconselha mulher a se apresentar em uma delegacia para se explicar. Pena pode chegar a nove anos de prisão e multa

Correio Braziliense
postado em 05/05/2020 13:46
Chefe do 1º Departamento de Polícia Civil, Wagner Sales, também aconselha mulher a se apresentar em uma delegacia para se explicar. Pena pode chegar a nove anos de prisão e multaA Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) continua em busca da mulher que aparece em vídeo relatando que caixões estão sendo enterrados em Belo Horizonte com pedras no lugar de supostas vítimas de Covid-19. O material causou grande impacto nas redes sociais, servindo para que muitos questionassem as medidas adotas pela prefeitura de fechamento do comércio e manutenção do distanciamento social e até mesmo o alcance e a letalidade do novo coronavírus.

Segundo o delegado Wagner Sales, chefe do 1° Departamento de Policia Civil na capital mineira, a autora poderá ser considerada procurada, com base na Lei. “Nos últimos dias a gente se deparou, tanto nas redes sociais quanto na imprensa, com vídeo de uma mulher que, de forma irreponsavel e até criminosa, sem qualquer lastro probatório, noticia fatos que repercutem na vida da sociedade como um todo, sobretudo em autoridades públicas. Instauramos inquérito policial para apurar eventual crime de denunciação caluniosa, além de difamação contra autoridade pública e contravenção penal de provocação de tumulto ou pânico”, afirma ele, que lembra que a pena para esses casos, somadas, pode chegar a até nove anos de prisão, além de multa.

Ele pede para que quem tiver informações sobre a identidade e o paradeiro da suspeita entre em contato através do telefone 181, Disque-denúncia, que garante o anonimato de quem denunciar. “Sugerimos também que esta pessoa (que fez o vídeo) se apresente a uma delegacia de polícia para prestar esclarecimentos, dar os motivos para tal atitude, explicar porque divulgou a notícia falsa. Assim, evitará medidas mais graves contra ela, como o pedido de prisão preventiva dela, com base na garantia da ordem pública”, explica Sales.

Saiba Mais

O objetivo é concluir o inquérito o mais rápido possível e punir os reponsáveis pela divulgação de notícias falsas. As autoridades querem, assim, desestimular que outras pessoas façam o mesmo, evitando problemas para toda a sociedade.

“Queremos alertar que este tipo de conduta pode trazer consequências graves tanto na esfera criminal quanto na cível. É preciso ter muito cuidado ao produzir e propagar conteúdo na internet. As atitudes na vida virtual têm consequências na vida real. Pode se cometer crimes como difamação, calúnia e injúria”, explica o delegado.

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