Brasil

Militares dominam nomeações em cargos estratégicos do Ministério da Saúde

Quatro dos cinco nomes que foram publicados no Diário Oficial desta quarta-feira são da ala militar

Correio Braziliense
postado em 06/05/2020 17:46
Quatro dos cinco nomes que foram publicados no Diário Oficial desta quarta-feira são da ala militarAos poucos a nova equipe do Ministério da Saúde é reformulada e, quanto aos cargos estratégicos, a nova tropa bate continência. Quatro das cinco nomeações que saíram no Diário Oficial da União desta quarta-feira (06/05) são de militares de carreira. A confirmação dos nomes reforça a avaliação feita por gestores, secretários e parlamentares de que a ala vem como forma de manter o controle da gestão da pasta por parte do Palácio do Planalto. 

Todos os novos nomes que têm carreira militar ocupam a patente de tenente-coronel. Na direção e Gestão Interfederativa e Participativa ficará Reginaldo Machado Ramos. Marcelo Blanco Duarte é o novo assessor no Departamento de Logística. Jorge Luiz Kormann será diretor de Programa e Paulo Guilherme Ribeiro Fernandes, coodenador-geral de Planejamento. A única nomeada que não faz parte da ala é Emanuella Almeida Silva, que ficará na coordenação de Pagamento de Pessoal e Contratos Administrativos.

O número dois do Ministério da Saúde, general Eduardo Pazuello, foi indicação direta do presidente Jair Bolsonaro. Há menos de duas semanas no cargo, o secretário-executivo já é considerado como “o verdadeiro condutor da pasta” por autoridades e gestores da saúde que se reunem diariamente por meio de vídeoconferência para alinhamento e definições diárias quanto às medidas de combate ao novo coronavírus. 

Saiba Mais

O adjunto de Pazuello também pertence a ala militar. Se trata do coronel do Exército Antônio Élcio Franco Filho. O ato exonerou Carlos Alberto Andrade e Jurgielewicz da função e foi assinado apenas pelo ministro chefe da Casa Civil, Braga Netto, na última quinta-feira. 

Quase que junto ao anúncio de que Teich assumiria a chefia do ministério da Saúde, Bolsonaro escalou o almirante Flávio Rocha, chefe da Secretaria de Assuntos Estratégicos (SAE), para auxiliar na transição. O presidente admitiu que esta era uma indicar nomes para a pasta era uma intenção.  “Eu vou indicar algumas pessoas também, porque é um ministério muito grande. Foram sugeridos nomes sim, para começar a formar um ministério que siga a orientação do presidente de ver o problema como um todo”, afirmou, no mesmo dia que demitiu Mandetta. 

Questionado sobre como percebia o escalonamento da área militar dentro da pasta, Teich foi enfático: “Os militares tem competência muito importantes. Têm muito do planejamento, do trabalho em equipe, de uma coisa organizada. Isso é importantíssimo em um momento que se precisa de agilidade na execução."

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