Brasil

Teich diz que decisão sobre serviço essencial não é do Ministério da Saúde

"A decisão de atividades essenciais é feita pelo Ministério da Economia", afirmou

Correio Braziliense
postado em 11/05/2020 20:55
O ministro da Saúde, Nelson Teich, comentou nesta segunda-feira (11/5), a decisão do presidente Jair Bolsonaro, em incluir academias de ginástica, salões de beleza e barbearias como serviços considerados essenciais, que não podem ser fechados durante a pandemia de novo coronavírus. Teich disse que esta é uma não é atribuição do Ministério da Saúde, mas uma decisão do presidente.

“A decisão de atividades essenciais é feita pelo Ministério da Economia”, afirmou em coletiva de imprensa. Teich não sabia da decisão do presidente e foi informado pelos jornalistas que o presidente Bolsonaro havia publicado a mudança em uma edição extra do Diário Oficial da União (DOU).

Questionado sobre a necessidade ou não de que a Saúde seja consultada ao expandir o leque de atividades consideradas como essenciais, o ministro Teich disse: "Onde o Ministério da Saúde pode e deve ajudar é no desenho dos fluxos de como devem acontecer. A decisão de ser essencial ou não é da economia. A gente participa desenhando uma forma de fazer que proteja as pessoas”. 

No domingo (10/5), Bolsonaro já havia afirmado que iria inserir outras profissões como atividades essenciais. Criticando a postura de governadores e prefeitos que tem mantido medidas de restrições, ele disparou: “Amanhã devo botar mais algumas profissões como essenciais, aí. Já que não querem abrir, vou eu abrindo”, declarou a um simpatizante na entrada do Palácio da Alvorada.

Nesta segunda, Bolsonaro justificou a decisão ao afirmar que esses estabelecimentos têm relação com a saúde e a higiene. 

Saiba Mais

Teich reforçou a necessidade de criar um fluxo que impeça a contaminação das pessoas. “Se você criar condições e pré requisitos para que você não exponha pessoas ao risco de contaminação, você pode trabalhar o retorno de alguma coisa. Tratar isso como essencial é um passo inicial”, disse Teich. 

O ministro da Saúde também disse que há um diálogo que permite que ele se posicione caso seja necessário. “Qualquer coisa que possa ser decidida também pode ser revista. Hoje existe um diálogo que permite que a gente se posicione se for necessário".

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