Brasil

Brasil tem mais de 16 mil mortes por coronavírus e 241.080 infectados

São 485 novos óbitos e mais 7.938 casos confirmados nas últimas 24 horas. Seis estados somam mais de mil mortos, cada

Correio Braziliense
postado em 17/05/2020 19:54
Hospital de campanha em Santo André (SP): Mais de mil pessoas morreram em decorrência do novo coronavírus na última semana no estado de São PauloEm uma semana com recorde de mortes pelo novo coronavírus no Brasil, o Ministério da Saúde confirmou mais 485 fatalidades nesta domingo (17/05), aumento de 3,1% nas últimas 24 horas. Com isso, o país saltou para 16.118 óbitos por covid-19 e está em sexto na lista dos países com mais mortos pela doença. Com 241.080 confirmações de infectados, o Brasil se aproxima dos números do Reino Unido e pode ultrapassar o total de casos nas próximas horas, se tornando o terceiro com maior incidência da doença.
 

 

Segundo o ranking da universidade americana Johns Hopkins, o Brasil só está atrás do Reino Unido (244.995), Rússia (281.752) e Estados Unidos (1.484.804) em diagnósticos positivos para o coronavírus. No sábado, o país passou a Itália e a Espanha em número de casos. No entanto, em relação aos óbitos, o Brasil está em sexto, atrás dos EUA, Reino Unido, Itália, França e Espanha.

Com acréscimo de 94 fatalidades nas últimas 24 horas, São Paulo acumula 4.782 mortes, o que representa quase 30% do balanço nacional. O número de fatalidades superou o total de mortos em todo o México que, segundo a OMS (Organização Mundial da Saúde), soma 4.767 mortes até o momento.

Mais de mil pessoas morreram em decorrência do novo coronavírus na última semana no estado de São Paulo. Nesse período também houve acréscimo de 16.901 novas infecções, chegando ao total de 62.345 com diagnóstico. Com isso, o número de casos no estado é 38% maior que o total verificado no território mexicano.
 

 

 

Saiba Mais

Outros cinco estados já ultrapassaram a barreira das mil mortes. O Rio de Janeiro tem 2.715 óbitos e é seguido por Ceará (1.641), Pernambuco (1.516), Amazonas (1.413) e Pará (1.239). Pela segunda vez durante a pandemia, o Rio ultrapassou São Paulo em confirmações de mortes diárias, com 101 novos óbitos. Além da crise no sistema de saúde, que está perto de atingir a capacidade de atendimento, o estado fluminense ainda enfrenta uma crise no governo.
 
O governo do RJ informou no sábado que o secretário estadual de Saúde, Edmar Santos, deixará o cargo. “Edmar foi exonerado pelo governador Wilson Witzel por falhas na gestão de infraestrutura dos hospitais de campanha para atender as vítimas da Covid-19”, diz o comunicado. 

A demissão é um desdobramento das operações deflagradas pela Polícia Federal (PF) e pelo Ministério Público Federal (MPF) para apurar fraudes em contratos de terceirização de mão de obra nos últimos dez anos no estado do Rio. De acordo com as investigações, a organização criminosa paga propina a conselheiros do Tribunal de Contas do Estado (TCE), a deputados estaduais e a outros agentes públicos para fraudar licitações e teria, inclusive, aproveitado a situação de calamidade ocasionada pela pandemia, que autoriza contratações emergenciais e sem licitação, para obter contratos milionários de forma ilícita.
 

Recuperados 

O Ministério da Saúde divulgou também o número de pacientes recuperados da covid-19: 94.122. Isso representa 39% das pessoas que tiveram um diagnóstico comprovado. Outras 130.840 continuam em acompanhamento.

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