Brasil

EUA antecipa veto a voos saindo do Brasil

Correio Braziliense
postado em 26/05/2020 04:04
Aeroporto de Fort Lauderdale, um dos poucos terminais utilizados por companhias aéreas do Brasil

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, assinou decreto que proíbe a entrada no país de brasileiros e estrangeiros que estiveram no Brasil nos últimos 14 dias a partir das 00h59 desta quarta-feira. A medida restritiva estava prevista para sexta-feira, mas um comunicado da Casa Branca antecipou a nova regra.

Os Estados Unidos fecharam as portas para os viajantes, mas não impede voos provenientes do Brasil, uma vez que a proclamação não impede cidadãos norte-americanos, residentes permanentes legais nem indivíduos que se enquadrem em alguma das exceções listadas de viajar para os Estados Unidos. As companhias aéreas brasileiras não pretendem cancelar os poucos voos que ainda operam com destino àquele país. Pelo contrário, uma delas inseriu um voo extra antes da medida entrar em vigor.

A Gol, que paralisou todas as operações internacionais desde o início da pandemia, informou, em nota, que não tem previsão de retomar as viagens para os Estados Unidos nem para outros países. A Latam anunciou que “acompanha atentamente e cumpre as restrições de viagem e fechamento de fronteiras de cada país durante a pandemia para ajustar as operações”. Atualmente, a companhia opera a rota São Paulo-Miami com três frequências semanais.

A Azul afirmou que, por enquanto, as operações para Fort Lauderdale e Orlando estão mantidas e, caso haja alguma mudança, os clientes serão avisados. Porém, a empresa vai operar um voo adicional à sua malha regular, que terá como destino Fort Lauderdale (Miami). “Mesmo com o decreto assinado na tarde de ontem, a Azul pretende manter suas operações funcionando normalmente, dando continuidade, principalmente, ao transporte de clientes que saem dos EUA com destino ao Brasil e ao transporte de cargas entre os dois países”, destacou a Azul.

Para Ricardo Caichiolo, especialista em relações internacionais do Ibmec, a medida não é boa por transmitir uma mensagem ao mundo. “A medida ratifica o entendimento já disseminado em diversos países de que o governo brasileiro tem agido de forma descoordenada e irresponsável com relação ao combate da pandemia” diz. Mesmo com essa situação, a relação entre os dois países não será afetada. “Não creio que a proibição afete a relação entre os dois países. O governo brasileiro adotou o alinhamento automático com os norte-americanos como norteador de sua política externa, e nada indica que haverá alguma mudança. O próprio consenso entre os dois presidentes com relação aos supostos benefícios da cloroquina, sinaliza que as relações bilaterais não se alterarão”, conclui.


Impacto

Confira a programação de cada companhia aérea após o anúncio de restrições pelos Estados Unidos.
  • A Gol não tem previsão de retomar as viagens para os EUA, nem para outros destinos internacionais

  • A Latam diz cumprir as restrições de viagem e fechamento de fronteiras para ajustar as operações. Atualmente, opera a rota São Paulo-Miami com três voos semanais.

  • A Azul, por enquanto, manterá as operações para Fort Lauderdale (Miami) e Orlando (Flórida). Caso haja alguma mudança, os clientes serão avisados. A companhia vai operar um voo adicional, com destino a Fort Lauderdale, a partir desta semana.

Fontes: Companhias aéreas



Notícias pelo celular

Receba direto no celular as notícias mais recentes publicadas pelo Correio Braziliense. É de graça. Clique aqui e participe da comunidade do Correio, uma das inovações lançadas pelo WhatsApp.


Dê a sua opinião

O Correio tem um espaço na edição impressa para publicar a opinião dos leitores. As mensagens devem ter, no máximo, 10 linhas e incluir nome, endereço e telefone para o e-mail sredat.df@dabr.com.br.

Tags