Campanha de Vacinação contra Gripe tem adesão abaixo de 25% em 3ª fase

Objetivo é vacinar 90% do público-alvo, que inclui pessoas com deficiência, crianças, gestantes, puérperas, professores e a faixa etária entre 55 e 59 anos

Correio Braziliense

postado em 26/05/2020 19:31

Importante estratégia para desafogar a demanda por leitos em meio ao enfrentamento do novo coronavírus, a terceira fase da Campanha de Vacinação Nacional contra a Gripe está com baixa adesão. Apenas 23,2% do público-alvo foi aos postos receber a dose, disponível até 5 de junho. A pior taxa é referente à população com deficiência, que teve, até o momento, menos de 2% de adesão. 

Segundo levantamento do Ministério da Saúde, desta terça-feira (26/05), das 7.385.869 pessoas com deficiência, apenas 130.444 receberam a vacina, o que representa 1,77% do total. Apenas 24,03% das pessoas entre 55 e 59 anos foram imunizadas. Também incluídos no grupo prioritário da terceira fase, apenas 32,63% das crianças, 33,20% dos professores, 33,41% das gestantes, 38,61% das puérpera  tomaram a dose. 

"É uma vacina de extrema importância para reduzir as complicações de os óbitos e as internações decorrentes dos vírus da influenza. É muito importante que a população que faz parte dos grupos prioritários façam a imunização. Esse ano nós antecipamos a campanha em três semanas em virtude do mundo estarmos enfrentando a covid-19, com intuito de proteger antecipadamente a população contra influenza, minimizando, assim, a sobrecarga dos serviços de saúde", alerta a coordenadora de Programa Nacional de Imunização, Francieli Fantinato. 

Ao somar todas as fases da campanha, foram vacinadas 77.728.419 pessoas do público-alvo, o que representa 62,7% do total. Apesar da primeira etapa, que incluía idosos e trabalhadores da saúde, ter extrapolado a meta de 90%, imunizando quase 114% do esperado, as outras duas fases não conseguiram alcançar o número de pessoas esperado. 

O Ministério da Saúde distribuiu 74,98 milhões de doses, sendo que 48,74 milhões foram aplicadas até o momento. A estimativa é que 29,68 milhões de pessoas pertencente aos grupos prioritários ainda não tomaram a vacina. "As pessoas que fazem parte dos grupos prioritários que ainda não se vacinaram, procurarem o quanto antes um posto de vacinação para garantir a imunização contra essa importante doença e, também, para ajudar na resposta às doenças respiratórias do Brasil", pediu o secretário substituto de Vigilância em Saúde, Eduardo Macário. 

Fazem parte do público-alvo: idosos; trabalhadores da saúde, segurança e educação; caminhoneiros e profissionais de transporte público; pessoas com doenças crônicas; crianças; gestantes; puérperas; população indígena; pessoas com deficiência; e pessoas de 55 a 59 anos.