Correio Braziliense
postado em 27/05/2020 14:14
A Justiça determinou bloqueio de quase R$ 8 bilhões da mineradora Vale para garantir a quitação de eventuais obrigações referentes ao reparo dos danos causados pelo rompimento da barragem da Mina do Córrego do Feijão. A juíza Perla Saliba Brito, da 1ª Vara Cível, Criminal e da Infância e da Juventude da Comarca de Brumadinho, deferiu o pedido de liminar do Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) e deu 10 dias, a contar da intimação para a empresa apresentar uma garantia de que dispõe de R$ 7.931.887.500. A decisão cabe recurso.Segundo a juíza, o valor deverá ser creditado mediante fiança bancária ou seguro-garantia judicial, sob pena de bloqueio do montante em dinheiro ou de bens. A magistrada também levantou o sigilo sobre os autos, ordenando que eles sejam apensados ao processo 5000218-63.2019.8.13.0090.
Em nota, a Vale diz que foi informada que a decisão tem como objetivo “garantir eventual aplicação de sanção de multa ou perdimento de bens, direitos e valores”. Também ressalta que foi indeferido pedido de bloqueio de R$30 bilhões formulado pelo MPMG.
“A Vale continuará a contribuir com todas as investigações referentes ao rompimento da barragem da Mina do Córrego de Feijão e apresentará sua defesa, de forma tempestiva, assim que citada, oportunidade em que terá acesso aos autos e documentos juntados pelo MPMG”, declara a empresa.
Já o MPMG, alega que a iniciativa teve como objetivo garantir “a aplicação de multa e potencial perda de bens, direitos e valores caso a empresa seja condenada às sanções da Lei Anticorrupção de Empresas (Lei 12.846/2013)”. E exalta o fato de a liminar representar o maior valor já reconhecido em uma ação judicial desta natureza no Brasil.
Saiba Mais
Outras iniciativas do MPMG também renderam bloqueio de valores da Vale. Há ações de indenização já julgadas e outras em andamento.
Notícias pelo celular
Receba direto no celular as notícias mais recentes publicadas pelo Correio Braziliense. É de graça. Clique aqui e participe da comunidade do Correio, uma das inovações lançadas pelo WhatsApp.
Dê a sua opinião
O Correio tem um espaço na edição impressa para publicar a opinião dos leitores. As mensagens devem ter, no máximo, 10 linhas e incluir nome, endereço e telefone para o e-mail sredat.df@dabr.com.br.