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Covid-19: Brasil registra mais de mil mortes pelo quarto dia seguido

Depois de atrasar a divulgação do balanço pelo terceiro dia consecutivo, para evitar a exibição nos telejornais da noite, Ministério da Saúde diz que foram registradas 1.005 mortes nas últimas 24 horas

Correio Braziliense
postado em 05/06/2020 21:45

Depois de atrasar a divulgação do balanço pelo terceiro dia consecutivo, para evitar a exibição nos telejornais da noite, Ministério da Saúde diz que foram registradas 1.005 mortes nas últimas 24 horasO Ministério da Saúde confirmou nesta sexta-feira (5/6) mais 1.005 óbitos pelo novo coronavírus e soma 35.026 mortes pela covid-19. De acordo com dados da Universidade John Hopkins, o Brasil só fica atrás dos Estados Unidos, que tem 109.042 mortes, e do Reino Unido, que possui 40.344 vítimas. A pasta também confirmou mais 30.830 casos do novo coronavírus e com a adição dos casos o Brasil totaliza 645.771 infectados.

 

Nesta quinta, o Brasil ultrapassou o número de fatalidades da Itália, que, até a última atualização, tinha 33.774 registros, uma diferença de 1.252 mortes do montante brasileiro. 

 

Os dados do Ministério da Saúde foram divulgados às 21h41 após o presidente Jair Bolsonaro orientar atrasar a divulgação de boletins epidemiológicos, que antes saíam às 19h. A estratégia da Presidência é evitar que os dados estejam disponíveis no horário dos telejornais noturnos, período em que as televisões têm maior audiência, pois muitos dos brasileiros estão em casa.

 

Mais tarde, o Ministério da Saúde informou que o horário de divulgação do boletim nesta sexta seria às 22h. Além disso, o site covid.saude.gov.br. no qual internautas podiam encontrar os dados completos está fora do ar. Ao entrar, o internauta encontra a mensagem: “Portal em manutenção”.

 

O boletim desta sexta-feira foi divulgado com o formato diferente. Sem informar o número absoluto de mortes e casos da covid-19 no país, a pasta só informou óbitos e casos registrados nas últimas 24 horas. 

 

É o terceiro dia consecutivo que o Ministério da Saúde atrasa a divulgação do balanço para evitar a exibição nos telejornais da noite. "Mas é para pegar o dado mais consolidado e tem que divulgar os mortos no dia. Por exemplo, ontem, praticamente dois terços dos mortos eram de dias anteriores, dos mais variados possíveis. Tem que divulgar o do dia. O resto consolida para trás", disse o presidente Jair Bolsonaro, na noite desta sexta-feira (5/6).


Estados

São Paulo, epicentro da doença, tem registro de infecção em 549 dos 645 municípios, sendo que 8.842 pessoas já morreram pela doença. Além disso, o estado tem 134.565 casos da doença. As taxas de ocupação dos leitos de UTI está em 80,5% na Grande São Paulo e 71% no Estado. O número de pacientes internados é de 12.231, sendo 7.700 em enfermaria e 4.531 em unidades de terapia intensiva.

 

Após dois dias seguidos com mais de 300 mortes por dia, no Rio de Janeiro houve queda nesta sexta-feira, com 146 óbitos. Em segundo lugar no país com mais mortes e casos pela covid-19, o estado fluminense tem 6.473 mortes e 63.066 casos. 

 

Superando a barreira de mil mortes junto com o RJ e SP, o Brasil tem mais cinco estados. São eles: Ceará (3.890), Pará (3.538), Pernambuco (3.205), Amazonas (2.199) e Maranhão (1.095). Juntos com os dois líderes do ranking, esses estados somam 29.242 óbitos, ou seja, 83,4% de todas as mortes já confirmadas. Apenas três estados têm menos de cem mortes cada: Tocantins (89), Mato Grosso (88) e Mato Grosso do Sul (21). 

 


 

 

 

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