Técnicos do MCTIC seguem testando vermífugo para combater o coronavírus

Agora, usado, também, em pacientes que ainda não apresentaram os sintomas, o que permitirá que os cientistas meçam a evolução do vírus sob a droga

Correio Braziliense

postado em 09/06/2020 12:27

O Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC) segue com os testes do vermífugo que, segundo o ministro, Marcos pontes, tem potencial para ser usado no combate ao coronavírus. Pontes disse que está expandindo o uso do medicamento em voluntários. Primeiro, ministrado a doentes com pneumonia. Agora, usado, também, em pacientes que ainda não apresentaram os sintomas, o que permitirá que os cientistas meçam a evolução do vírus sob a droga. 

O ministro fez o anúncio durante a 34a reunião do conselho de governo, com o presidente da República, Jair Bolsonaro, o vice, Hamilton Mourão, e outros membros do primeiro escalão do governo. Ele também fez uma breve explanação sobre os trabalhos do MCTIC durante a pandemia de coronavírus. “O MCTIC funciona como ferramenta de auxílio e desenvolvimento de projetos nos demais ministérios. Temos uma função central, pois envolve a ciência que é a arma para vencer o vírus. E tecnologia inovações e comunicação completam o outro eixo. Com desenvolvimento de sistemas para combater o impacto (da pandemia), e comunicação, para manter o sistema estável”, introduziu. 

“Temos 154 ações do ministério, além do trabalho normal como o centro espacial de Alcântara. Seguimos com a instalação de fibra-óptica na região Nordeste, Norte e Centro Oeste. São 77 cidades com 2.500 instituições de ensino no Nordeste, além da Região Norte, com mais de 10 mil km de fibras pelos rios, que integram todas as cidades, e no Centro Oeste, na parte agrícola, para conectividade para o campo”, explicou. 

Medicamentos contra o coronavírus

De acordo com Pontes, cientistas separaram 2 mil medicamentos, selecionaram, desse total, cinco para testar em células infectadas pelo coronavírus e, dessa forma, chegaram ao nitazoxanida, que teria se destacado com uma efetividade de 94% para a redução da carga viral. Os trabalhos ocorrem desde fevereiro. “É um medicamento usado para combater giárdia e rotavírus, e é uma possibilidade que funcione no combate ao covid. O primeiro protocolo é científicos, a nível internacional, pois trocamos informações com 15 países que também estão testando outros medicamentos, e os testes tem que ser conduzidos com 500 pacientes. As indicações que funciona são positivas, e a novidade que trago é que iniciamos um segundo protocolo”, contou.

“O primeiro teste foi feito em pacientes com febre ou início de pneumonia. Começamos um outro teste com pacientes sem sintomas que tenham testado positivo para o covid-19, para medir a carga viral no início do protocolo e, se demonstrarmos que funciona, teremos uma arma poderosa. Precisamos de mais 300 voluntários e, com isso, teremos, em breve, se Deus quiser, um remédio para combater o vírus. É um ganho grande. O brasil tem uma capacidade grande com cientista, pesquisadores, pois já sofremos com dengue, chicungunha, e nossos pesquisadores são reconhecidos internacionalmente”, afirmou.