Brasil

Ministério da Saúde aposta em pesquisa de Oxford para vacina contra covid

Ministro Eduardo Pazuello afirma que existem 16 possibilidade promissoras, mas país aposta as fichas em estudo de universidade britânica

Correio Braziliense
postado em 09/06/2020 16:39
Ministro Eduardo Pazuello afirma que existem 16 possibilidade promissoras, mas país aposta as fichas em estudo de universidade britânicaO Ministério da Saúde está apostando em uma pesquisa da Universidade de Oxford, na Inglaterra, para conseguir uma vacina contra a covid-19, e espera que isso aconteça ainda no segundo semestre deste ano, segundo o ministro interino, Eduardo Pazuello. “São 16 as mais promissoras possibilidades. Dentre as 16, elencamos três. A melhor de todas, que estamos apostando as fichas, é na de Oxford”, disse. 

Segundo o general, a vacina “pode acontecer ainda na metade do segundo semestre deste ano” e o ministério está apostando nisso. “Já estamos fazendo parte do processo para que a gente tenha o direito até de produzi-la no Brasil, e quiçá para a América do Sul”, disse. As outras duas vacinas citadas por ele estão sendo desenvolvidas nos Estados Unidos e na China. 

“Nós também estamos monitorando e participando. Não é colocar todos os ovos em uma cesta”, disse, pontuando que o país ainda trabalha em dois protocolos nacionais. 

O Brasil deve iniciar testes com a vacina desenvolvida pela Universidade de Oxford ainda neste mês. O país será o primeiro país, após a Inglaterra, a testar a vacina. A autorização foi publicada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) no último dia 2.

Na Inglaterra, os testes já foram feitos em humanos para avaliar a segurança da vacina. De acordo com a Anvisa, os resultados mostraram que o perfil de segurança do medicamento foi aceitável. A nova etapa de testes, chamada de fase três, é uma etapa serve para confirmar se a vacina é segura e eficaz.


O prazo para observar os resultados de uma vacina normalmente variam entre um ano e um ano e meio. Neste caso, o tempo estipulado foi de dois meses, "por se tratar de uma situação emergencial”, estimam os responsáveis pela testagem no Brasil. Em São Paulo, o Centro de Referência para Imunobiológicos Especiais (CRIE) da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) conduzirá as avaliações, que contarão com o apoio do Ministério da Saúde.

Serão selecionados dois mil voluntários que estejam na linha de frente do combate a covid-19, por estarem mais expostos a uma contaminação pelo novo vírus. Esses participantes não podem ter contraído a doença anteriormente.

OMS

Na tarde deste terça-feira (9), mesmo após a ameaça de Bolsonaro em romper relações com a Organização Mundial da Saúde (OMS), o diretor de doenças transmissíveis da Organização Pan-americana da Saúde (Opas), Marcos Espinal, descartou hipóteses de ruídos na cooperação por parte da entidade. 

“A organização está pronta para continuar apoiando o Brasil. Não vamos permitir que vacinas ou medicamentos novos deixem de chegar, porque vamos facilitar isso”, tranquilizou Espinal sobre a manifestação do temor de pesquisadores e autoridades brasileiras de serem prejudicados em tratativas que disponibilizem acesso a novos tratamentos e imunização contra a covid-19.

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