Brasil

Covid-19: Povos tradicionais já receberam mais de 174 mil cestas básicas

Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos espera superar a marca de 500 mil cestas básicas entregues a indígenas, quilombolas e outras comunidades

Correio Braziliense
postado em 09/06/2020 20:50
Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos espera superar a marca de 500 mil cestas básicas entregues a indígenas, quilombolas e outras comunidadesEm meio à crise sanitária causada pelo novo coronavírus, o Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos elaborou um plano de contingência para pessoas vulneráveis, que prevê o investimento de R$ 4,7 bilhões em políticas para minimizar os impactos da pandemia da covid-19 no recorte populacional que inclui indígenas, quilombolas e outros povos tradicionais. Dentre as ações já realizadas pela pasta, houve a distribuição de 174,2 mil cestas básicas a essas comunidades.

Para garantir a distribuição dos mantimentos, o ministério tem a ajuda Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), da Fundação Nacional do Índio (Funai), da Fundação Cultural Palmares e da Secretaria Especial de Saúde Indígena (Sesai). O plano do governo federal para os povos tradicionais prevê ações relacionadas à saúde (medidas sanitárias e de atendimento), à proteção social (distribuição de cestas, insumos, kits de higiene); e à proteção econômica (transferência de renda).

Por meio da atuação articulada entre as instituições, a expectativa é superar a marca de 500 mil cestas básicas nos próximos meses. "Esse trabalho conjunto é fundamental para que a gente atenda da melhor forma possível as nossas comunidades indígenas e povos tradicionais. Unidos, não vamos deixar ninguém para trás", disse a ministra da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, Damares Alves.

Na tarde desta terça-feira (9/6), detalhes do plano foram apresentados em coletiva de imprensa no Palácio do Planalto. A Conab, desde abril, distribuiu 92,9 mil cestas básicas para comunidades tradicionais. Nesta semana, a instituição espera entregar outras 14,6 mil unidades. Nas contas da companhia, a medida deve alcançar aproximadamente 160,6 mil famílias indígenas e quilombolas.

Até o último domingo (7/6), foram entregues 5,7 mil cestas em Alagoas; 2,5 mil no Amazonas; 15,6 mil na Bahia; 1,4 mil no Maranhão; 12,3 mil em Minas Gerais; 11,7 mil no Mato Grosso; 6,3 mil na Paraíba; 12,5 mil em Pernambuco; 1,3 mil no Rio Grande do Norte; 21 mil no Rio Grande do Sul; 1,9 mil em Santa Catarina; e 1,9 mil em São Paulo.

A Funai, por sua vez, distribuiu 82 mil cestas a comunidades indígenas espalhadas por todo o país. O investimento da fundação foi de R$ 20,7 milhões. “Esta ação articulada mostra o compromisso do Governo Federal com os povos indígenas. Ao garantir a segurança alimentar nas aldeias, contribuímos para que os indígenas evitem deslocamentos, reduzindo as chances de contágio pelo novo coronavírus”, destacou o presidente da Funai, Marcelo Xavier.

Mais ações

Além dos alimentos, cerca de 43 mil kits de higiene e limpeza adquiridos com recursos da Funai foram distribuídos a indígenas. Os servidores envolvidos nas entregas receberam Equipamentos de Proteção Individual (EPIs), como máscaras descartáveis, luvas e toucas.  

Saiba Mais

Ao todo, foram enviados mais de 200 mil itens de proteção para as equipes das 39 Coordenações Regionais, 240 Coordenações Técnicas Locais, 11 Frentes de Proteção Etnoambiental e 20 Bases de Proteção Etnoambiental da fundação.

Em outra frente, foi lançada a campanha de doações Empresa Solidária, criada para receber gêneros de necessidade básica, como alimentos não-perecíveis e produtos de higiene e limpeza, e encaminhá-los às aldeias. O objetivo é reforçar o isolamento das comunidades indígenas por meio das doações.

*Com informações do Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos e da Funai.

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