Brasil

Governo de SP testará vacina chinesa contra covid-19 em 9 mil voluntários

O Governo do Estado de São Paulo anunciou nesta quinta-feira (11/6) que fará testes clínicos em 9 mil voluntários brasileiros para comprovar a eficácia de imunização de uma vacina contra o novo coronavírus, produzida pela farmacêutica chinesa Sinovac

A CoronaVac, como é chamada a vacina, já foi administrada com sucesso em cerca de mil pessoas na China. Antes, foi aprovada em testes feitos em macacos. A empresa, no entanto, buscava outros países para dar sequência a etapa final de testes.

O acordo assinado entre a Sinovac e o Instituto Butantan permite que São Paulo participe dos testes e da produção da vacina, caso a mesma se comprove eficaz e segura. De acordo com o governador de São Paulo, João Doria, o maior benefício da parceria é a transferência de tecnologia para produção nacional da vacina em larga escala pelo próprio Butantan.

Ao afirmar que apenas 10 vacinas contra a covid-19 estão na fase de ensaio clínico, que permite testes em humanos, Doria celebrou a parceria. "A vacina do Butantan é das mais avançadas. Estudos indicam que ela estará disponível no primeiro semestre de 2021. Com ela, poderemos imunizar milhões de brasileiros", indicou.

Saiba Mais

A parceria prevê a testagem de nove mil voluntários no Brasil, que deve começar em julho.
 
A vacina que será testada pelos brasileiros é composta pelo vírus inativado, ou seja, não contém vírus vivo, apenas fragmentos dele. Com a aplicação da dose, o sistema imunológico passaria a produzir anticorpos contra o novo coronavírus.

Outras vacinas


Recentemente, o Brasil anunciou que participará de outro ensaio clínico para testar a vacina contra a covid-19 produzida pela Universidade de Oxford. O Brasil será o primeiro país “de fora” a testar a vacina contra o novo coronavírus desenvolvida no Reino Unido.  

Ao todo, dois mil brasileiros irão participar dos testes, que serão realizados com apoio do Ministério da Saúde. Em São Paulo, o Centro de Referência para Imunobiológicos Especiais (CRIE) da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) conduzirá os testes.