A CoronaVac, como é chamada a vacina, já foi administrada com sucesso em cerca de mil pessoas na China. Antes, foi aprovada em testes feitos em macacos. A empresa, no entanto, buscava outros países para dar sequência a etapa final de testes.
O acordo assinado entre a Sinovac e o Instituto Butantan permite que São Paulo participe dos testes e da produção da vacina, caso a mesma se comprove eficaz e segura. De acordo com o governador de São Paulo, João Doria, o maior benefício da parceria é a transferência de tecnologia para produção nacional da vacina em larga escala pelo próprio Butantan.
Ao afirmar que apenas 10 vacinas contra a covid-19 estão na fase de ensaio clínico, que permite testes em humanos, Doria celebrou a parceria. "A vacina do Butantan é das mais avançadas. Estudos indicam que ela estará disponível no primeiro semestre de 2021. Com ela, poderemos imunizar milhões de brasileiros", indicou.
Saiba Mais
A vacina que será testada pelos brasileiros é composta pelo vírus inativado, ou seja, não contém vírus vivo, apenas fragmentos dele. Com a aplicação da dose, o sistema imunológico passaria a produzir anticorpos contra o novo coronavírus.
Outras vacinas
Recentemente, o Brasil anunciou que participará de outro ensaio clínico para testar a vacina contra a covid-19 produzida pela Universidade de Oxford. O Brasil será o primeiro país “de fora” a testar a vacina contra o novo coronavírus desenvolvida no Reino Unido.
Ao todo, dois mil brasileiros irão participar dos testes, que serão realizados com apoio do Ministério da Saúde. Em São Paulo, o Centro de Referência para Imunobiológicos Especiais (CRIE) da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) conduzirá os testes.