Fernanda Strickland*
postado em 22/06/2020 21:31
Com a pandemia de covid-19, muitas pessoas começaram a ter uma preocupação maior em investir em produtos de limpeza. Tais substâncias, porém, demandam uma certa atenção por parte dos consumidores. A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) emitiu um alerta sobre os cuidados com esses produtos. Além da intoxicação, a Anvisa também chama a atenção para o fato de nem todos serem realmente eficazes contra o coronavírus.
De acordo com a agência, estudos mostram que desinfetantes domésticos comuns, incluindo sabão ou uma solução diluída de alvejante, podem desativar o coronavírus em superfícies, uma vez que o vírus tem uma camada protetora de gordura que é destruída por esses produtos.
Os produtos alternativos ao álcool 70%, e que podem ser utilizados para desinfecção de objetos e superfícies, são hipoclorito de sódio a 0,1% (concentração recomendada pela OMS); alvejantes contendo hipoclorito (de sódio, de cálcio) a 0,1%; dicloroisocianurato de sódio (concentração de 1,000 ppm de cloro ativo); iodopovidona (1%); peróxido de hidrogênio 0,5%; ácido peracético 0,5%; quaternários de amônio, por exemplo, o cloreto de benzalcônio 0,05% e compostos fenólicos e desinfetantes de uso geral aprovados pela Anvisa.
A agência destaca que, na maioria dos casos, os desinfetantes levam de cinco a dez minutos de contato para inativar microrganismos. “Após a aplicação do produto, é necessário esperar esse tempo para que ele faça efeito. Portanto, não é recomendada a limpeza imediata da superfície logo após o uso do desinfetante, dando o prazo suficiente para a destruição do vírus” explica a Anvisa na nota.
Saiba Mais
Intoxicação
Os casos de intoxicação por álcool em gel tiveram um crescimento de 535% neste ano. De janeiro a abril de 2020, foram registradas 108 ocorrências, ante 17 no mesmo período do ano passado e 15 em 2018. Dos casos registrados no primeiro quadrimestre de 2020, 88 envolveram crianças. “O ambiente doméstico é o principal local em que ocorrem as intoxicações, que geralmente não são intencionais. Para evitá-las, a melhor medida é a prevenção, de modo a criar um ambiente seguro para as crianças”, explica a agência.
*Estagiária sob supervisão de Fernando Jordão
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