O Brasil voltou a registrar mais de mil mortes por covid-19 nesta terça-feira (23/3), após ter dois dias com atualizações na casa das 600 perdas. Foram contabilizadas mais 1.374 óbitos, maior aumento desde que o Ministério da Saúde anunciou uma provável estabilização da curva da pandemia no país. Mesmo em meio à defasagem de testes, foram confirmadas até agora 52.645 mortes e 1.145.906 infecções pelo vírus.
As atualizações diárias desta terça mostram que o novo coronavírus continua com alto potencial de transmissão e danos. Somente em 4 de junho houve um registro diário de perdas superior, com 1.473 fatalidades. O número de casos acrescentados nas últimas 24 horas também voltou a crescer, com 39.436 novos registros, ficando atrás apenas do acumulado da última sexta (19), com 54.771, quando o sistema, que registrava instabilidades, voltou a contabilizar casos represados da semana.
Com a intensificação do processo de interiorização da covid-19 e necessidade de rastreamento do vírus para conseguir controlá-lo, o Ministério da Saúde pretende ampliar a testagem, o que deverá refletir em uma alta nas confirmações nas próximas semanas.
“Nós fizemos uma orientação para testagem em massa e diagnóstico e ela já está pactuada e aprovada”, revelou o ministro interino da Saúde, general Eduardo Pazuello, durante participação em audiência pública promovida pelo Congresso Nacional. De acordo com o gestor da pasta, a revisão na estratégia de diagnóstico irá "mitigar o problema de se fazer um efetivo controle" de transmissão da doença.
O que se pode observar atualmente, mesmo com a demanda de diagnóstico, é um aumento de casos no Centro-Oeste. Na última semana epidemiológica concluída, a 25, todos os quatro estados da região tiveram recorde de novos casos de covid em comparação com as semanas anteriores. No entanto, é São Paulo quem ainda lidera os números brasileiros, com 229.475 casos e 13.068 mortes.
Outros oito estados já ultrapassaram a marca de mil óbitos cada. São eles: Rio de Janeiro (9.153), Ceará (5.717), Pará (4.672), Pernambuco (4.339), Amazonas (2.686), Maranhão (1.797), Bahia (1.491) e Espírito Santo (1.425). Juntos, esses estados somam 44.348 mortes, ou seja, 84,2% de todos óbitos. Todos os estados do Nordeste ultrapassaram as 500 mortes cada. No Brasil, apenas Tocantins e Mato Grosso do Sul tem menos de 200 óbitos (179 e 55, respectivamente).
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